O Partido Progressista (PP) de Mato Grosso definiu, como meta principal nas eleições de 2010, se tornar o partido com o maior número de representantes na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. A projeção foi revelada pelo deputado federal Pedro Henry, um dos principais líderes da legenda no Estado e candidato à reeleição.
Henry também adiantou que o partido não vai se coligar com nenhuma sigla para a disputa das chapas proporcionais. "Faremos uma chapa pura, por entendermos que isso será o melhor para o PP", disse o parlamentar.
O deputado estadual José Riva, principal líder progressista em Mato Grosso, de seu lado, voltou a negar que o PP já tenha definido apoio, no contexto das eleições majoritárias, a candidatos ao Governo do Estado vá apoiar. "Nossa prioridade é a consolidação das chapas proporcionais", afirmou.
Pedro Henry, entretanto, fez uma revelação que, à primeira vista, poderia distanciar o PP do governador Silval Barbosa (PMDB), de cuja base aliada faz parte hoje, e, até mesmo, aproximá-lo do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB).
O pepista informou que, nesta semana, se reuniu com o presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, e com o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), e sentiu que houve avanço nas negociações para que o PP indique o senador pelo Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, para a candidatura a vice-presidente de José Serra (PSDB).
"Desde que o Maluf foi candidato à Presidência da República, há 21 anos, nunca mais o PP indicou alguém para uma disputa na majoritária nacional. Eu vejo com muita honra essa possibilidade", declarou Henry.
Mas, para o deputado progressista, apesar desta aproximação com os tucanos, em âmbito nacional, isso não quer dizer que, em Mato Grosso, o PP possa se integrar ao projeto eleitoral de Wilson Santos, em coligação com DEM e PTB.
"A Executiva Nacional deu a instrução para que os diretórios estaduais tenham a sua independência e façam coligações com quem acharem que é melhor para a sigla. Portanto, isso não nos afasta do Silval ou do Mauro Mendes", completou Henry, deixando no ar a dúvida sobre o apoio aos projetos majoritários.