Mendes cita ‘Jericoacoara’ e apela concessão de parque a Lula

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Allan Mesquita/GD

O governador Mauro Mendes (União) segue na missão de convencer o governo Federal a conceder o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães em Mato Grosso. Na manhã desta segunda-feira (6), o chefe do Executivo afirmou que tratou do assunto com o presidente Lula (PT), durante a visita do petista a Rondonópolis (214 km de Cuiabá), na última sexta-feira (6).


Para tentar comover o chefe do Planalto, Mendes lembrou que o governo do Ceará conseguiu suspender o edital de concessão do Parque Nacional de Jericoacoara à iniciativa privada. Considerado um dos principais pontos turísticos do país, a área está localizada entre a praia de Guriú e a praia do Preá com diversas paisagens entre dunas, lagoas, manguezais, serrotes e praias.


Mendes pediu que o mesmo tratamento seja dado ao Estado. “Nós conversamos com o presidente sobre o Parque de Chapada dos Guimarães. Mostramos pra ele que o que está acontecendo é um absurdo. Estado do Ceará já conseguiu suspender no Parque Jericoacoara”, disse durante entrevista à imprensa no Ganha Tempo, na manhã desta segunda-feira (6).


Mendes tem enfrentado resistência de ambientalistas e aguarda o aval do Ministério do Meio Ambiente para assumir a administração da área, que possui alto potencial para exploração turística.

 

A unidade de conservação foi leiloada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) e atualmente é administrada pela empresa Parques Fundos de Investimento de Participação e Infraestrutura, que pagou R$ 1 milhão à União. O contrato tem validade de 30 anos e prevê R$ 18,5 milhões em investimentos. O edital da empresa que venceu concessão para administrar a área pelos próximos 30 anos prevê cobrança de até R$ 100 por pessoa para acessar o parque.

 

Mendes, por sua vez, buscar garantir ao governo Federal que os cuidados e gestão da Chapada dos Guimarães forem transferidos ao Governo de Mato Grosso, serão investidos R$ 200 milhões nos próximos 4 anos.

 

“Pedi que desse a Mato Grosso o mesmo tratamento, consideramos inadmissível fazer concessão a uma empresa que vai investir apenas R$ 18,5 milhões. O outro recurso é de custeio, o que não é investimento. Além de cobrar até R$ 100 por pessoa para acessar ao parque”, acrescentou.

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