O governo de Mato Grosso tem pressionado a Caixa Econômica Federal a agilizar os tramites finais das negociações para que o Executivo Estadual possa assumir a gestão da BR-163 por meio da MT Participações e Projetos (MTPar).
Atualmente o trecho é administrado pela Odebrecht Transport, que há anos vem descumprindo o contrato de concessão, sem fazer os investimentos na rodovia, considerada uma das mais perigosas do Estado e que atualmente é conhecida como “rodovia da morte”.
Nesta segunda-feira (6), o chefe do Executivo pontuou que o último impasse junto ao Banco Pine foi concluído, porém a CEF solicitou 60 dias para atender para finalizar o tramites burocráticos que envolvem a negociação de dívidas herdadas pela Odebrech.
“Todos os bancos já aprovaram, inclusive o Banco Pine, que estava travando. Quando resolvemos o problema com o Banco Pine, ele aprovou muito rápido a operação dentro das formalidades que o banco tem. Os demais bancos já tinham aprovado, a Caixa Econômica, não sei por qual motivo, tinha dado a palavra que estava tudo ok, mas não tinha escalado dentro dos mecanismos oficiais de aprovação”, declarou.
Mendes frisou que enquanto o processo não for finalizado, o governo não consegue iniciar a duplicação e as obras prevista para a rodovia. A proposta apresentada pelo Executivo estadual prevê aporte de R$ 1,2 bilhão para conclusão das obras da BR 163.
Deste valor, R$ 300 milhões estão no caixa da MT PAR, enquanto o restante será repassado conforme previsão orçamentária. “Pediram 60 dias, um absurdo. Enquanto o governo não assume, as obras não começam, não podemos colocar dinheiro. Temos a expectativa de que isso aconteça entre março e abril. Queremos que aconteça o quanto antes, para assumir e efetivamente liberar o pacote de obras”, completou.