O advogado de defesa de Célia Forti, acusada de ajudar o genro a matar a própria filha, informou que sua cliente manteve um relacionamento amoroso com o genro porque era ameaçada por ele. Segundo o advogado José Teodoro Alvez, ele falava que iria acabar o casamento com a filha se a sogra não aceitasse ser amante.
— O genro passou a abordar a Célia há quatro anos falando que sentia atração por ela e queria ter um caso. Caso ela não aceitasse, ele iria acabar o casamento com a Jéssica. A Célia amava muito a filha e aceitou a situação para o bem dela, mas não tinha a intenção de largar o marido para ficar com ele. Foi por pura ameaça.
A jovem Jéssica Carline Ananias da Costa foi morta com mais de 25 facadas, no dia 9 de maio, em Apucarana (PR). O marido, o advogado de 26 anos, foi preso no dia do crime e confessou ter desferido as facadas, mas que a sogra ajudou no crime. O advogado da envolvida afirmou que ela não tinha conhecimento do crime.
— Em hipótese alguma ela tinha conhecimento que esse crime seria praticado. A Jéssica descobriu o caso e o casamento deles se tornou um inferno. A morte dela foi um impulso dele.
O pai de Jéssica era casado com a mãe e soube no dia do enterro da jovem sobre a traição. Segundo o delegado Ítalo Sega , ele era o único que ainda não tinha conhecimento pois o relacionamento amoroso entre sogra e genro era de conhecimento de vizinhos e familiares.
O marido tinha a intenção de simular um latrocínio, roubo seguido de morte. A sogra ficou com a neta e dois homens foram chamados para levar o carro do casal como em um assalto. Os dois envolvidos também foram presos.
Segundo o delegado, ficou evidente a participação da sogra no crime porque os dois passaram a tarde em um motel e ela cuidou da criança para o genro cometer o crime.
A filha de Jéssica está com a avó paterna. A mãe do suspeito foi a única parente localizada pelo Conselho Tutelar que tem condições de assumir a guarda da menina de quatro anos.
A Justiça aceitou denúncia contra quatro pessoas acusadas de participação na morte da jovem. De acordo com a 2ª Vara Criminal da cidade, três envolvidos foram acusados de homicídio qualificado. Um quarto homem responderá por fraude processual, por ter ocultado provas do crime. Ainda não há previsão da data de julgamento.