Maior comprador de produtos brasileiros como a soja produzida em Mato Grosso, a China foi alvo de ataques nas redes sociais por parte de membros do governo federal, como ex-ministro da Educação Abraham Weintraub e o filho do presidente Bolsonaro, o deputado federal Carlos Bolsonaro (PSL).
No twitter, o deputado chegou a apagar post onde dizia que o país deveria optar por uma tecnologia 5G “sem espionagem da China”. Já as publicações de Weintraub, consideradas xenofóbicas e racistas, fazia insinuações de que a China teria interesses econômicos na crise pela pandemia de Covid.
A crise diplomática ao longo do ano passado mobilizou o setor do agronegócio, temendo problemas em torno das relações comerciais com a China. Até o ex-governador e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) pediu cautela por parte do setor e alertou que os chineses são parceiros comerciais.
Preocupados com a atual situação da pandemia, os governadores encaminharam um documento a Bolsonaro onde elencam as necessidades de estabelecer o diálogo diplomático, sob o risco de maiores atrasos no fornecimento de insumos para a vacina.
Um grupo ainda articula reforço junto ao Congresso Nacional, Poder Judiciário e ex-presidentes do Brasil. Além de Mauro, assinam a carta os governadores de Alagoas, Renan Filho (MDB), do Amapá, Waldez Góes (PDT), do Ceará, Camilo Santana (PT), do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Pará, Helder Barbalho (MDB), da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de São Paulo, João Doria (PSDB), do Piauí, Wellington Dias (PT) e de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD).