Imagens de satélite, analisadas pelo Inpe (InstitutoNacional de Pesquisa Espaciais), mostram que Mato Grosso é primeiro colocado no ranking dos estados que mais desmataram a floresta amazônica, em 2012.
Dados do Inpe mostram que, dos 1845,74 km² devastados de janeiro a setembro, 971,74 km² estão dentro do território mato-grossense. Esse número equivale a 52,65% do total.
De janeiro a setembro de 2011, a quantidade de mata derrubada em Mato Grosso foi de 893,86 km². Esse número é 8,7%, menor que os registros em 2012, mas já deixava o Estado liderando a lista de desmate.
O segundo colocado no ranking é o Estado do Pará, que desmatou cerca de 26,25% de todo o território devastado, durante o mesmo período.
Devido ao aumento dos focos de desmate, o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) criou uma força-tarefa em Mato Grosso. A operação do Ibama vai conferir os pontos indicados pelos satélites do Inpe.
O objetivo é promover a integração entre os órgãos responsáveis pela fiscalização, a fim de combater e repreender a extração irregular de madeira no Estado, e elaborar um plano de ação estratégico, definindo-se claramente a parcela de ação e responsabilidade de cada ente neste processo.
Focos de queimadas
Focos de queimadas aumentaram em 88% |
O Inpe registrou 131.399 focos de queimadas em Mato Grosso, no período proibitivo, que vigorou de 15 de julho a 15 de outubro deste ano.
No ano passado, foram registrados 69.850, durante o mesmo período. O aumento dos focos foi de 88%. Leia mais AQUI.
As cidades do interior do Estado foram as que mais tiveram a ocorrência de incêndios.
A cidade de Feliz Natal (386 km ao Norte de Cuiabá), com pouco mais de 10 mil habitantes, registrou 7,4 mil focos.
A líder nos focos de queimadas foi seguida pelas cidades de Paranatinga e Colniza, com 6,605 mil e 6,087 mil, respectivamente.
Na região metropolitana também teve o registro de focos. Cuiabá ficou na 74º posição, com 297 focos. Já Várzea Grande teve 64 focos.
Chapada dos Guimarães ficou na 92º lugar do ranking com 133 focos.
Quem for flagrado ateando fogo no período de proibição pode ser multado. O valor varia de acordo com a área atingida – de R$ 1 mil por hectare nas áreas abertas a R$ 1,5 mil por hectare nas áreas de floresta, além de ser detido e responder por crime ambiental.