A saída repentina de Adriano "Michael Jackson" para o futebol chinês, e a iminente possibilidade de perder Kleber para o Flamengo podem levar de volta ao Palmeiras um velho problema, detectado pelo técnico Luiz Felipe Scolari antes mesmo de o Campeonato Brasileiro começar: o “buraco” no ataque.
Depois de a diretoria suar para acertar a contratação de Wellington Paulista, um autêntico camisa 9, capaz de fazer dupla com Kleber (e ver Felipão não utilizá-lo com frequência), agora é o próprio Gladiador quem pode sair do clube.
A briga declarada com Roberto Frizzo, vice-presidente de futebol, pode deixar Kleber sem clima para continuar no grupo, e abrir no elenco a carência de uma referência com o peso e o status que o capitão carrega consigo.
Excetuando-se o próprio Wellington Paulista e, talvez, Dinei, cujas qualidades técnicas tornam difícil para o jogador até mesmo conseguir um lugar entre os reservas, o atual elenco de Scolari tem poucos atletas com o carisma e as qualidades de Kleber para assumir um lugar no time titular.
Max Pardalzinho chegou até a mudar de nome (agora é Max Santos) quando foi contratado, mas nem ele próprio confia que seja uma opção para o lugar do Gladiador.
Na mesma situação encontra-se o jovem Vinícius, que até já amargou uma geladeira do técnico por ser agenciado pela DIS. Luan, outro atacante, vem sendo usado mais como meia nas últimas partidas, pois a falta de pontaria e qualidade nas finalizações já tiraram a torcida do sério em um passado recente.
O fio de esperança atende pelo nome de Maikon Leite, mas o ex-santista, campeão da Libertadores pelo Peixe, não é um autêntico trombador, e sim um velocista, que carece de um finalizador dentro da área para que possa concluir seus lances.
O atual cenário, que segundo o próprio cartola palmeirensenão tem data para ser resolvido, só não é pior porque o time faz bela campanha no Brasileirão. Mesmo sem Kleber, o Verdão venceu o Santos por 3 a 0 e garantiu a quarta posição na tabela, quatro pontos atrás do líder Corinthians.