Fernanda Escouto/GD
O secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde (MS), Hêider Pinto, apresentou, nesta sexta-feira (6), os primeiros impactos do programa Mais Médicos nas cidades mato-grossenses. Levantamento feito pelo MS nos municípios que participam do Mais Médicos aponta aumento de 12% no número de consultas realizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Em janeiro, deste ano, foram contabilizadas no estado 2.234 consultas a mais, referente ao mesmo período do ano anterior.
Segundo Hêider Pinto, o programa atendeu 100% da demanda por médicos apontada pelas cidades e superou a meta inicialmente estabelecida. Atualmente, o Mais Médicos garante nas UBS para 683 mil mato-grossenses.
“Esse programa só trouxe melhorias para os estados participantes, principalmente para Mato Grosso. O estado ampliou em 198 o número de médicos atuando na atenção básica de 104 cidades e distritos indígenas. Devemos comemorar esses dados”, comentou Hêider.
Observou-se um aumento de 24% na quantidade dos atendimentos de pré-natal, passaram de 4.515 para 5.596, no mesmo período. O índice de atendimento de pessoas com também teve um aumento de 6%.
A costureira Argelina Querino Nascimento, de 50 anos, estava com alta e diz que tanto as enfermeiras quanto a médica atendem de uma forma diferenciada: “Fiquei satisfeita com o tratamento”, afirma a costureira. O mecânico industrial Ederson da Silva Santos, 28 anos, sofreu uma picada de cobra e conta que foi atendido de forma rápida pelo profissional. “Gostei da agilidade dele e da forma que me tratou”, cita.
Sobre a redução de 30% nos encaminhamentos aos hospitais, o secretário enfatizou a importância dos atendimentos serem realizados nas próprias UBS.
“Avançamos bastante, mas temos muito mais para avançar. Aquilo que puder ser realizado nas UBS tem que ser feito lá, juntamente com o apoio do Telesaúde. Assim evita-se grande parte dos encaminhamentos e deslocamentos desnecessários”, disse.
Questionado sobre o número de médicos desistentes no programa, ele afirmou que dos 11 mil profissionais cubanos, apenas 14 abandonaram o projeto (índice de desistência de 0,1%). Já entre os cerca de 1.500 profissionais brasileiros que aderiram à iniciativa, 131 desistiram (índice de desistência de 8,4%).
Lançado em julho do ano passado, pelo governo federal, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de aperfeiçoar a formação de médicos na Atenção Básica, ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país e acelerar os em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde.