O cenário do vestiário são-paulino no estádio do Morumbi após a derrota por 3 a 1 para o Santos, na última quarta-feira, não seria o ideal para tentar motivar jogadores e torcida para uma virada no duelo da Vila, daqui dois dias. Para o atacante Alan Kardec, no entanto, foi o momento mais propício. Retornando de lesão e com participação contestada devido aos gols perdidos no embate, ele foi direto ao tentar manter vivas as esperanças do elenco.
“Cheguei e já fui falar com os meus companheiros, na lata. ‘Você acredita?’ foi a pergunta que eu fiz, para ver quem, assim como eu, achava que seria possível reverter esse resultado na Vila”, comentou o jogador, assegurando que a resposta foi positiva em todas as oportunidades.
De acordo com ele, os nomes que mostraram confiança na possibilidade de reverter a situação foram o zagueiro Rodrigo Caio, o avante Alexandre Pato e “alguns outros garotos do elenco”.
Pelas palavras de Kardec e pelo fato de ainda existir um jogo, no entanto, era improvável que a resposta fosse diferente.
“Se alguém, naquele momento, dissesse que não acreditava, eu diria que a gente não precisava dele, então. Mas todos acreditaram. Temos de estar concentrados, acreditando e sabendo que temos condições de fazer as oportunidades aparecerem. Precisamos ser frios para definir bem as chances que tivermos”, apontou.
Para o camisa 14, os gols perdidos no primeiro jogo, apesar de dificultarem a missão em Santos, servem de alento para que os são-paulinos coloquem na cabeça que é possível derrotar o adversário por três tentos de diferença, mesmo como visitante. Caso faça 3 a 1, a decisão vai para os pênaltis. De 4 a 2 para frente (5 a 3, 6 a 4), a vaga será do Tricolor.
“(A derrota no Morumbi) foi até um placar mentiroso. Eu tive três oportunidades boas para marcar, teve um lance ou outro isolado do Santos também. O placar não poderia ter sido esse”, analisou, antes de completar com uma mensagem a todos os que ainda veem com ressalvas as chances da equipe.
“Creio que, se eu não acreditar, se meus companheiros não acreditarem, quem vai acreditar? Temos de olhar as chances que nós criamos na primeira partida e que, se fossem gols, nós teríamos vencido. E elas vão aparecer. A imagem que o torcedor tem de ter é que aqui a gente está confiante na vaga”, encerrou.
