O animado amistoso entre a seleção de Anamã – município a 129 km de Manaus – e um time de servidores públicos, realizado na capital do Amazonas, pode entrar para a história do futebol. A partida, que terminou em 0 a 0, foi a primeira em que um juiz expulsou um jogador usando uma calcinha – vermelha, ainda por cima, ou por baixo – em vez do cartão.
O árbitro Carlos José Figueira Ferro, de 39 anos, cometeu o engano comprometedor ao mandar embora de campo o atleta Paulo Coice, da seleção de Anamã. Com esse apelido também bandeiroso, Coice tinha dado uma entrada dura no adversário. Ferro não deixou por menos e colocou a mão no bolso, dando sinal de que iria enviar mais cedo o cara para o vestiário.
Mas a torcida viu o juizão levantar uma calcinha vermelha para o atleta.
A mulher de Ferro não gostou da troca em campo. Ela expulsou o árbitro de casa, jogando as roupas do homem para fora. Ferro, que tem quatro filhas, tentou argumentar dizendo que a lingerie era um presente que daria a uma delas. O malando jura que não tem ideia de como a calcinha se alojou em seu bolso.
Como a peça estava desembrulhada, Ferro se ferrou. Pelo visto, não vai poder recorrer ao Tribunal de Justiça Esportiva. A suspensão da mulher é definitiva.
