Juiz espanhol indicia Barcelona por crime fiscal no caso Neymar

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Para o magistrado, existem indícios suficientes para a abertura de investigação sobre um possível delito fiscal

Pablo Ruz, juiz da Audiência Nacional, principal instância penal espanhola, decidiu nesta quinta-feira (20) indiciar o Barcelona por um suposto crime fiscal na contratação do atacante brasileiro Neymar.

Especula-se que o clube espanhol tenha deixado de pagar 9,1 milhões de euros (cerca de R$ 29,7 milhões) em impostos ao não declarar todos os contratos com o jogador ao fisco espanhol, o que resultaria na evasão fiscal. O Barcelona, porém, afirma que não cometeu nenhum delito.

“Os presentes indícios são suficientes para abrir investigação sobre um possível delito contra a Fazenda Pública por parte da entidade Futbol Club Barcelona”, explica o juiz em sua decisão.

Neymar, de 22 anos, assinou contrato de cinco temporadas com o Barça em maio de 2013. A transferência do astro brasileiro provocou uma grande turbulência na Espanha depois que um sócio do clube apresentou uma denúncia contra o ex-presidente, Sandro Rosell, por “apropriação indébita” na contratação. 

Até então, apenas Rossell estava sendo diretamente investigado no caso, por ter sido responsável pela contratação de Neymar – ele inclusive renunciou ao cargo por causa da polêmica –, mas a promotoria entende que o Barcelona, como pessoa jurídica, também deve ser responsabilizado pela suposta evasão. Como o juiz aceitou o argumento, o time está oficialmente sob investigação por fraude fiscal.


Para os fiscais, o time catalão criou uma série de contratos simulados e tentou burlar a Receita com uma manobra financeira. Sete dos documentos citados estão assinados por Josep Maria Bartomeu, o atual presidente do Barcelona. Se o clube for condenado, terá que pagar os impostos e ainda responder criminalmente.

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