O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou pedido feito pelo advogado Waldir Caldas, que defende o empresário Josino Guimarães, para que a recente exumação feita no corpo do juiz Leopoldino Marques do Amaral tenha validade. Josino é acusado de ser mandante do assassinato e aguarda julgamento da acusação de homicídio.
A última exumação, realizada no último dia 2, foi feita a pedido do delegado Márcio Pieroni, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), e autorizada pelo juiz da 15ª Vara Criminal de Cuiabá, José Arimatéia. Entretanto, o procedimento foi anulado pela Justiça Federal, atendendo a pedidos do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público Estadual (MPE).
Waldir Caldas solicitou a continuidade da exumação e também que fossem realizados laudos de qualquer perícia que, eventualmente, tenha sido concluída antes da anulação feita pela Justiça Federal. O advogado vem destacando que na possibilidade de provar que o corpo enterrado não é de Leopoldino, livraria Josino das acusações, pois não existiria crime.
As suspeitas, tanto por parte de Josino Guimarães, como do delegado Márcio Pieroni, são de que o juiz Leopoldino Amaral – encontrado morto no Paraguai, no dia 7 de setembro de 1999, com dois tiros na cabeça e o corpo semicarbonizado – estaria vivo.
O delegado Pieroni vem afirmando ter provas de que o juiz está vivo e mora na Bolívia; Josino, em recente entrevista aoMidiaNews, também disse acreditar que ele esteja vivo.
Na época, Leopoldino acusava 16 dos 20 desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) de crimes como venda de sentenças e envolvimento com narcotráfico.
Josino foi acusado pelo magistrado de intermediar a compra e venda de sentenças. Na época, segundo a Polícia, Josino recebeu seis cheques, num total de R$ 80 mil, do desembargador Odiles Souza. Leopoldino acusava Odiles de vender sentenças para traficantes.