O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), foi alvo de ameaças de morte nesta quinta-feira (26) após as discussões que teve com o presidente Jair Bolsonaro sobre a condução da crise causada pela pandemia de coronavírus.
Pessoas ligadas ao governador afirmam que há indícios de que os ataques partiram da rede bolsonarista, em movimento articulado pelo gabinete do ódio liderado por Carlos Bolsonaro, filho do presidente.
Um boletim de ocorrência foi feito na madrugada desta sexta-feira (27) e a Polícia Militar cercou a casa do governador. O B.O informa que Doria “acionou a Polícia Civil em razão de fatos ocorridos na data de hoje e consistentes em ameaças e injurias”.
Segundo o documento, “as ameaças foram dirigidas ao telefone celular do Governador e davam conta, em tom ameaçador, de atos a serem realizados em frente sua residência pessoal, sendo que em tais mensagens era indicado o local da mesma. Os fatos ofensivos a honra do Governador, xingamentos de baixo calão, foram dirigidos também ao telefone celular acima mencionado.”
O entorno de Doria afirma que as ameaças têm como objetivo minar a liderança do governador durante a crise causada pela covid-19. Além dos ataques recebidos nas redes sociais, João Doria recebeu ameaças de morte no celular pessoal.
A assessoria de imprensa de Doria informou que a Polícia Civil investiga o caso e o governador colabora com a investigação. O R7 entrou em contato com a assessoria do vereador Carlos Bolsonaro, mas não obteve resposta até a publicação do texto.