JÚLIO MÜLLER Estado rompe contrato para novo hospital

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O governo de Mato Grosso rescindiu o contrato com o consórcio responsável pela construção do novo Hospital Universitário Júlio Müller. O rompimento do contrato foi publicado no Diário Oficial que circulou nesta segunda-feira (3).

A obra deveria estar pronta em março deste ano, mas uma série de problemas ocasionou o atraso. O prazo foi estendido para dezembro deste ano, mas até o momento menos de 25% da construção foi executado. Por conta da demora, o Estado optou pelo rompimento.

A construção é fruto de um convênio entre a Secretaria de Estado de Cidades (Secid) e o Ministério da Educação. O custo total do hospital, R$ 116 milhões, é dividido entre os 2 órgãos. O Estado cedeu a área de 147 hectares, na Rodovia Palmiro Paes de Barros (MT-040), estrada que liga Cuiabá ao município de Santo Antônio do Leverger (34 km ao sul da Capital).

Pelo projeto, serão oferecidos 250 leitos, 23 Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) adulto; 16 UTIs pediátricas; 20 UTIs Neonatal; 26 leitos de pré-atendimento, além de farmácia, laboratório e consultórios.

O novo hospital estava a cargo do Consórcio Normandia – Phoenix – Edeme, que venceu a licitação realizada pela Secid. Desde o início das obras, as empresas enfrentaram diversos problemas, agravados este ano. Mesmo sem um ritmo satisfatório de trabalho, o consórcio recebeu aproximadamente R$ 8 milhões no período em que esteve à frente do novo hospital.

Paralisações – Em abril, alegando a não apresentação de projetos e outros documentos para a realização dos trabalhos de edificação, a prefeitura de Santo Antônio embargou a obra. O município, que briga na Justiça com Cuiabá pela posse da área, havia notificado o consórcio a apresentar o projeto arquitetônico e recolher as taxas junto à administração municipal, o que não foi feito.

Já em agosto outra paralisação atingiu as obras. Alegando falta de pagamento dos salários, os operários cruzaram os braços. Eles denunciaram uma série de irregularidades trabalhistas, supostamente cometidas durante a construção do novo hospital.

Agora um novo processo de licitação deverá ser lançado. O prazo para escolha da nova empresa e início dos trabalhos é de 4 a 6 meses.

Campanha – Criticando o atual prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes (PSB), o ex-vereador e candidato derrotado ao governo, Lúdio Cabral (PT) chegou a utilizar a construção do hospital como proposta de campanha, dizendo que o governo estava fazendo aquilo que Mendes prometeu e não havia cumprido. Ele gravou, inclusive, imagens no canteiro de obras e havia prometido concluir o hospital.

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