Inoperante, Incra em Mato Grosso precisa ser passado a limpo

Data:

Compartilhar:

 

A senadora Serys Slhessarenko (PT) disse neste sábado que o Instituto Nacional de Colonização em Reforma Agrária em Mato Grosso "precisa urgentemente ser passado a limpo, sob pena de tornar o projeto de reforma agrária no Estado inviável”. Ela disse que ainda na próxima semana deverá se pronunciar no Senado pedindo que o Governo Lula “passe a limpo” o órgão, que tem se mostrado totalmente alheio e descompromissado com seus reais objetivos, privilegiando apenas e tão somente os aspectos políticos. 

Serys disse que há meses vem recebendo denuncias de falta de cuidado por parte da direção do Incra no Estado com os projetos de reforma agrária. Um dos órgãos mais críticos da política de ação do Incra é justamente o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST), entidades que congrega os principais clientes da reforma agrária. “Há uma verdadeira letargia pública no Incra, uma pasmaceira. A direção só se mexe quando um político ligado a eles têm interesse” – atacou.

Neste sábado, porém, a situação chegou ao ápice. Em audiência pública realizada em Ribeirão Cascalheira (960 km de Cuiabá) para discutir regularização fundiária no município, o superintendente do Incra no Estado, William Sampaio, não compareceu, apesar dos convites. A audiência pública foi promovida pela Assembléia Legislativa. O dirigente também não compareceu a audiência pública em Alto Boa Vista, no ano passado. “Essa postura da direção do Incra envergonha a administração do presidente Lula” – disse a senadora. 

Serys disse que não existe qualquer argumento que possa justificar a indiferença demonstrada pelo Incra com o debate para a melhor reforma agrária no Estado. Apenas o gerente executivo da unidade do Incra de São Félix do Araguaia, Cleber Cardoso, esteve presente. Ao fazer uso da palavra, disse que não estava autorizado para falar em nome do órgão.

Atualmente,  80% da zona urbana do município de Ribeirão Cascalheira não possuem título de imóveis. O problema também atinge a área rural. Assentamentos ainda estão irregulares, o que impossibilita o acesso a recursos da Agricultura Familiar e inviabiliza a produção na região.

 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

EPISÓDIO 1

Notícias relacionadas