Histórias de devoção a times de futebol “unem” suspeito e vítima em tragédia na Bolívia

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Menino morto e acusado de ser o atirador têm histórias de superação por paixão

Danilo Gonçalo, do R7

Duas histórias de devoção pelo futebol tiveram fim parecido na última quarta-feira (20). De um lado, um menino de 14 anos morto por um sinalizador atirado por torcedores corintianos. Do outro, um suspeito de ter sido o causador da morte.

Kevin Espada, torcedor fanático do San José, foi morto por um torcedor corintiano, que disparou um sinalizador em direção às arquibancadas rivais durante a partida de estreia das duas equipes na Libertadores.

Antes de ter fim trágico no estádio, o menino atravessou mais de 200 km, de Cochabamba até Oruro para ver seu time do coração, uma paixão que foi interrompida com apenas 5 minutos de jogo.

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Irmão não sabe como ajudar Cleuter

Suspeito de ser autor do disparo, Cleuter Barreto Barros teve trajetória parecida. Antes de se tornar vilão para muitos, era um rapaz apaixonado pelo Corinthians. Por causa do fanatismo, deixou seu estado natal, o Amazonas, e veio para São Paulo “ficar mais próximo” do clube.

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Irmão de Cleuter, Carlos Barros diz que Cleuter não tem histórico de envolvimento em confusões

— Meu irmão perdeu o pai com nove anos de idade, com 17 anos perdeu a mãe. Sempre foi um menino estudioso, dedicado aos estudos,  e a gente sempre o apoiou. Ele é fanático pelo Corinthians, tanto que quis ir para São Paulo e foi.

De família humilde, Cleuter não tinha como se manter na capital paulista. Sem pai nem mãe para apoiá-lo, amparou-se na Gaviões da Fiel uma “família”. Morando na quadra da agremiação, ajudou nos preparativos para o desfile de Carnaval e teve, na última semana, a esperada chance de viajar para o exterior para ver o time de coração.

Relembre: Torcedor boliviano é atingido por sinalizador de corintianos e morre

Após o gol de Paolo Guerrero, a alegria de Cleuter chegou ao fim, assim como a vida de Kevin. Depois da confusão gerada pelo estrago do sinalizador, o corintiano, juntamente com outros 11, foi levado para a prisão e acusado pela promotoria boliviana de participação no crime.

 
 

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