Grêmio ataca punição: ‘Se estuprarem quatro crianças no banheiro tem menos importância’

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O Grêmio segue revoltado por ter sido punido com a exclusão da Copa do Brasil, após polêmica de racismo envolvendo um grupo de torcedores tricolores. Em conversa com o ESPN.com


Grêmio fez campanhas contra o racismo após incidente com goleiro Aranha

O Grêmio segue revoltado por ter sido punido com a exclusão da Copa do Brasil, após polêmica de racismo envolvendo um grupo de torcedores tricolores. Em conversa com o ESPN.com.br na noite desta sexta-feira, por exemplo, o vice presidente do clube, Nestor Hein, detonou a decisão do STJD e a repercussão dada ao xingamento da menina Patricia Moreira, flagrada com exclusividade pelas câmeras da ESPN chamando o goleiro Aranha de macaco.

“Tenho dois amigos que adotaram crianças negras, por exemplo, e mesmo assim ser gremista virou símbolo de racismo. Ficamos marcados como time racista. Se estuprarem quatro crianças no banheiro tem menos importância que o fato que ocorreu com essa moça (Patrícia Moreira). Hoje (ontem, sexta) as crianças receberam comunicação para não usarem coisas que as identificassem como gremistas nas escolas”, atacou Nestor Hein, se referindo ao que ele pensa ser uma relevância exagerada dada pelo STJD que, por consequência, teria rotulado o Grêmio como “time racista”.

O Grêmio foi considerado culpado pelas ofensas de seus torcedores contra o goleiro do Santos, em duelo vencido pelo time paulista por 2 a 0, na Arena Grêmio, na semana passada. Além de Patrícia, outros torcedores de uma das principais organizadas da equipe também foram filmados fazendo gestos e ofendendo o atleta santista com xingamentos racistas. O clube briga no STJD para reverter a exclusão da Copa do Brasil.

“Acredito que vamos reverter nos tribunais, mas essa mancha jamais vai se apagar. Vai ser o primeiro clube do mundo excluído por crime de racismo praticado por cinco pessoas em um universo de outras 30 mil”, analisou o vice presidente tricolor. Nestor Hein ainda detonou o grupo de torcedores do Flamengo que fez ameaças aos gremistas que vão ao Rio de Janeiro acompanhar o jogo deste sábado, conforme revelou o ESPN.com.br.

“Meu filho mora no Rio e vai ao jogo. Todas as torcidas que congregam times de futebol tem seus psicopatas e racistas. Isso não significa que a torcida seja psicopata e fascista. Perseguir pessoas que vão ao jogo por serem gremistas? As pessoas que cometeram os delitos racial não vão ao jogo, quem vai fazer isso é psicopata, bandido e racista. Essas pessoas que fazem isso são justiceiros, psicopatas. E não estou rotulando a torcida inteira do Flamengo como fizeram com o Grêmio, rotulando como um todo, inclusive”, defendeu o vice presidente.

O Grêmio enfrenta o Flamengo neste sábado, no Maracanã, às 18h30 (de Brasília), pelo Campeonato Brasileiro, e parte da torcida rubro-negra tinha feito ameaças de agressão pelas redes sociais. Além disso, há a intenção de alguns flamenguistas em entoar um cântico contra o racismo.

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