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Continua o impasse salarial entre funcionários das obras da Arena Pantanal, o novo Estádio José Fragelli, o Verdão, e o consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior, responsável pela execução da obra. Em uma reunião realizada no último dia 17, o consórcio fez uma proposta de reajuste salarial, que não foi aceita pelos funcionários.
A informação é do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Construção Civil de Cuiabá e Municípios (Sintraicccm). Segundo o presidente Joaquim Santana, as negociações evoluíram nesse último mês, mas os trabalhadores já não descartam a greve.
Santana disse, em entrevista ao MidiaNews, que o sindicato fez uma contraproposta salarial. Caso o acordo não seja cumprido no prazo de cinco dias úteis, as obras podem ser paralisadas.
"Fizemos a reunião no dia 17. O consórcio tem cinco dias úteis para analisar a contraproposta e colocá-la em prática. Se não for assim, a próxima reunião é para decretar estado de greve", disse o sindicalista.
Na proposta, o consórcio Santa Bárbara/Mendes Júnior ofereceu um reajuste salarial (valor não revelado), além de benefícios. "O consórcio aceitou negociar e melhorar o salário dos trabalhadores. A proposta envolve novos benefícios, vale-refeição e um pequeno reajuste que deve vigorar até maio, quando a nova convenção deverá ser adotada", disse Santana.
Na quinta-feira (24), acaba o prazo dos cinco dias úteis dado ao Sintraicccm para o consórcio responder sobre a contra proposta. Até lá, as obras de construção do estádio continuam em andamento.
Entenda o caso
Os trabalhadores da obra da Arena do Pantanal ameaçam uma greve geral. A reclamação dos funcionários é pelos baixos salários pagos pelo consórcio Santa Barbara/Mendes Junior.
O consórcio paga o valor definido na convenção coletiva do trabalho do Sindicato da Construção Civil de Cuiabá.
Na convenção, o salário para um servente é de R$ 587 e para um pedreiro, R$ 772.
"O consórcio paga o piso da categoria. O piso é um valor irrisório. Não podemos admitir que uma obra desse potencial e que vai aparecer em todo o mundo seja construída com a exploração dos trabalhadores", disse o presidente do Sintraicccm.
Segundo Santana, o piso salarial é baixo e não condiz com a realidade do mercado.
"Queremos que os salários sejam reajustados de acordo com o mercado de trabalho. A média de salário para um servente é de R$ 900 e para o pedreiro, cerca de R$ 1,5 mil", informou.
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