Governo quer garantia do Senado para votar aposentadorias

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O aumento das aposentadorias acima de um salário mínimo depende de um acordo entre a Câmara e o Senado. O governo quer a garantia de que os 7% de reajuste em negociação seja aprovado. 

O reajuste irá substituir os 6,14% em vigor desde janeiro deste ano, concedido por meio da Medida Provisória 475. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força Sindical, mostrou preocupação quanto à posição dos senadores, após a reunião de líderes de aliados com líderes do governo. 

– Temos de fazer um acordo único na Câmara e no Senado. As bancadas estão dizendo que na hora em que os senadores derem um índice maior, votarão com a decisão do Senado. 

Para o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) os aliados ficarão com a fama de mau enquanto o Senado de ‘bonzinhos’. Porém, eles concordam com o índice de 7%, resultado da composição da inflação mais o ganho real relativo à variação do PIB (Produto Interno Bruto) de 2008. 

Apesar de defenderem os 7% de reajuste, os líderes não conseguiram convencer ainda suas bancadas a seguir a orientação do governo e não votar um índice ainda maior. O assunto tem apelo popular, principalmente em um ano eleitoral. 

O deputado e líder do PT Cândido Vaccarezza (SP) garantiu que independente da data, Câmara e Senado precisam chegar a um acordo. Ele também é relator do Ministério Público e disse que o Brasil nunca teve um ganho tão substancial quanto o concedido este ano. 

– Queremos fazer chegar a um ponto de conforto na Câmara e no Senado. Se não tiver um acordo, vou manter a medida provisória (com o índice de 6,14%), que já significa um ganho extraordinário. 

Com as negociações em curso, a votação da medida provisória deverá ficar para a próxima semana. O impacto estimado do aumento de 6,14% para 7% é de R$ 1,1 bilhão ao ano nos gastos públicos.

 


 

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