CAMILA RIBEIRO
O governador Pedro Taques (PDT)
admitiu, que o Estado não tem condições financeiras, tampouco profissionais
habilitados, para administrar a Arena Pantanal, o estádio de Cuiabá que sediou
quatro jogos da Copa do Mundo de 2014.
“Uma das opções para a Arena é o
Estado tocar sua gestão. Mas, o Estado não tem habilidade, não tem pessoas
preparadas para tocar uma complexo como esse, isso é algo que exige uma
expertise”, afirmou ele, durante conversa com jornalistas, no Palácio Paiaguás,
na sexta-feira (13).
“Uma das opções para a Arena
é o Estado tocar isso. Mas, o Estado não tem habilidade, não tem pessoas
preparadas para tocar uma arena. Isso é algo que exige uma expertise”
Embora ainda não confirme essa tendência, a afirmação do governador sinaliza para
a possibilidade de concessão do estádio à iniciativa privada.
Ele lembrou, inclusive, que esse
processo já foi iniciado na gestão passada, sob o comando de Silval Barbosa
(PMDB), mas que, por hora, o processo encontra-se suspenso.
“Já existe um processo de
concessão que foi inaugurado pelo governador Silval Barbosa. A Procuradoria
Geral do Estado já analisou essa questão e marcaremos audiências públicas para
discutir o assunto. Por enquanto, nós optamos pela suspensão”, disse Taques.
Um estudo elaborado pela então
Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) estima gastos mensais de R$ 800 mil
para a do estádio.
Ainda assim, Taques alegou que o
Governo tem mantido conversas com responsáveis por outras arenas do país, para
adquirir um conhecimento mais aprofundado sobre todo o sistema de
gerenciamento.
“Quanto você precisa para Arena
Pantanal ‘rodar’? Estamos vendo como isso está sendo feito em outras arenas do
Brasil. Não posso decidir isso sem conhecer. Então, já vieram pessoas aqui que
estão administrando, por exemplo, o estádio do Paris Saint-German, o Maracanã,
o Castelão… A gente senta com secretário e eles me expõem tecnicamente”,
afirmou o governador.
Bon Jovi e Beyoncé
Taques disse também ter a certeza
que só o futebol, independentemente de serem jogos do campeonato local ou de
clubes do cenário nacional, não será o bastante para que a Arena seja
autossuficiente.
Ele defendeu a utilização do
espaço para a realização de grandes shows. O Governo do Estado mantém,
inclusive, tratativas com a empresa que cuida da turnê da banda americana Bon
Jovi.
“O ideal é que tenhamos também
times de fora, para movimentar a Arena. Agora, é certo que só futebol não
movimenta a Arena. Precisamos transformar a Arena em um grande Centro de
Eventos, trazer a Beyoncé, o Bon Jovi…”, afirmou o governador.
“O ideal é que tenhamos também times de
fora, para movimentar a Arena. Agora, é certo que só futebol não movimenta a
Arena. Precisamos transformar a Arena em um grande Centro de Eventos, trazer a
Beyoncé, o Bon Jovi..” Utilização
Enquanto ainda não existe uma
definição sobre a concessão ou não da Arena Pantanal, o governador Pedro Taques
disse que determinou que os secretários de Cidades, Eduardo Chiletto, e o de
Cultura, Esporte e Lazer, Leandro Carvalho, firmem um convênio com o Me Cuiabá,
visando à melhor ocupação da área externa da Arena Pantanal.
“De imediato, determinei aos
secretários de Cidades e ao de Cultura, Esporte e Lazer que fizessem um
convênio com o prefeito Mauro Mendes para organizar a parte externa da Arena
Pantanal. Ali é um espaço que está sendo utilizado, mas ainda de forma desorganizada”,
afirmou.
“Estive lá em dois finais de
semana, andei com os técnicos para observar o que pode ser feito ali. Eu vejo
que nós não possamos perder a utilização dessa área externa, até que possamos
ter essa decisão final”, completou.
Taques observou, ainda, a
importância de fazer a integração da Arena Pantanal com outros espaços de
lazer.
Por exemplo, fazer uma faixa de
ciclovia que vai do Parque Mãe Bonifácia à Arena Pantanal, ao COT do Pari. Tudo
isso está sendo pensado”, dissee.