O governo do Estado desistiu de realizar o programa MT Mais, que substituiria o MT Preparatório e o Cuiabá Vest, neste ano. O projeto, que tinha como objetivo preparar alunos – de baixa renda familiar – para prestar exames vestibulares e realizar a prova do Enem, teve seu pregão, estimado em R$ 1 milhão, cancelado conforme orientação da Controladoria Geral do Estado. O início das aulas estava previsto para julho deste ano.
Estava previsto para este ano a execução de um projeto piloto do MT Mais, em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis. Um pregão presencial chegou a ser realizado tendo como vencedor o Instituto Cuiabano de Ensino (ICE).
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas), o pregão foi cancelado a pedido da Controladoria Geral. O órgão não aceitou a declaração de capacidade técnica do ICE, que se julgou como capaz.
A CGE, responsável por avaliar todos os certames do Governo, entendeu que o documento precisa ser produzido por uma terceira instituição, decidindo assim pela suspensão do processo.
Na tentativa de garantir a realização do projeto para ainda este ano, a Setas se colocou a disposição da CGE fazer a avaliação técnica do ICE, entretanto, com a proximidade da realização das provas do Enem, a secretaria entendeu que seria mais prudente suspender a implantação do projeto piloto deste ano e garantir o MT Mais, para todo Estado, somente em 2016.
A falta de tempo seria o principal motivo para o cancelamento. Segundo o secretário da Setas, Valdiney Antônio de Arruda, é preciso criar um projeto mais maduro para atender todos os 141 municípios de Mato Grosso.
“O que pegou mais foi o tempo. Precisamos de no mínimo cinco meses de aula para atingir o índice de aprovação e podemos não conseguir em virtude do tempo. Nós não podemos errar por ser esse o primeiro”. O secretário ainda afirmou que um novo processo seletivo será realizado para escolha da instituição.
O MT Mais foi anunciado para ocupar o lugar do MT Preparatório, extinto em 2013, e do Cuiabá Vest, cancelado no ano passado pelo prefeito Mauro Mendes. A proposta do projeto piloto deste ano era oferecer cerca de 1.200 vagas a estudantes de baixa renda. Em 2016, a previsão é que seja ofertada aproximadamente 12 mil vagas para pessoas cadastradas no Cadúnico.