O Ministério da Saúde aumentou o número de grupos prioritários para a vacinação gratuita contra a hepatite B e o total de unidades públicas onde o produto pode ser aplicado.
Gestantes após o terceiro mês de gravidez, manicures, pedicures, podólogos, mulheres que fazem sexo com mulheres, travestis, portadores de doenças sexualmente transmissíveis e do sangue e populações de assentamentos e acampamentos são os novos beneficiados pela cobertura do da vacina pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Antes restrita, a vacina pode ser tomada agora em todos os postos de saúde – são 60 mil novos locais. Para dar conta da nova demanda, foram compradas mais 18 milhões de doses da vacina do Instituto Butantan, do Estado de São Paulo, além das 15 milhões que eram usadas todos os anos, segundo informações do ministério.
Ricardo Gadelha, coordenador de hepatites virais do Ministério da Saúde, diz que a ideia é tornar a vacinação universal.
A hepatite B é uma doença que pode levar a lesões e câncer de fígado. Transmitida pelo sangue, esperma e secreção vaginal, atinge quem faz sexo sem camisinha ou compartilha objetos contaminados por sangue, como lâminas de barbear e alicates de unha.
A doença, que também pode ser transmitida da mãe para o bebê, é o único tipo de hepatite para o qual existe vacina específica. Mas a imunização também protege contra o vírus da hepatite D, que parasita o B.
Existem ainda as hepatites causadas pelos vírus A (transmitido por água e alimentos contaminados), C (pelo sangue, como a B, mas raramente por via sexual) e E (por alimentos e água contaminados), que não têm vacina e também geram danos ao fígado.