Governador afirma que não negocia com grevistas e nem receberá sindicalistas

Data:

Compartilhar:

Welington Sabino/GD



Irredutível. Essa é a posição do governador Silval Barbosa (PMDB) que sentindo-se acuado pelos agentes penitenciários que mantém a greve deflagrada no dia 26 de julho ignorando decisões judiciais favoráveis ao governo, foi categórico ao afirmar que não vai negociar com a categoria e muito menos irá receber os líderes do sindicato. Isso porque os grevistas exigem uma reunião direta com o governador e garantem que não vão ceder. Silval, porém, disse que não recebeu nenhum tipo de pedido dos grevistas para negociar, mas mandou o recado. “Eu não converso pra acordo enquanto estiver de greve. Suspenda a greve, que eu converso. Antes eles discutiram com o secretário da SAD, o Fancisco Faiad e o Pedro Nadaf da Casa Civil. Eles entregaram uma pauta de 10 itens. Os 10 itens foram cumpridos na íntegra”, afirmou Barbosa. “Suspendeu, eu sento e vejo o que é que está errado no acordo feito com os secretários”, garantiu.

Silval foi interpelado pela reportagem sobre esse suposto cumprimento total, já que o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho afirmou, em entrevista coletiva na terça-feira (30 de julho), que dos 10 itens, 6 foram totalmente cumpridos e outros 3 estavam em fase de conclusão. O último faltante ele não deu detalhes. E como resposta disse: “Eu não sei qual secretário que falou isso pra você. 100% dos pedidos que eles entregaram foram cumpridos. A única coisa que tá pendente que eles pediram é a lei da insalubridade, eu mandei elaborar o projeto e enviei pra a Assembleia. Do jeito que eu combinei com eles está lá, são 2 ou 3 projetos que estavam dentro dessa pauta estão na Assembleia”, rebateu.

Sobre a reposição de 70% que os servidores exigem relativos a 2011, 2012 e 2013, o governador afirma não ter condições de oferecer. “Não tem a mínima condição. Em 2011 eu fiz um acordo com eles até 2015 e teve um aumento real dependendo a tabela, de 14% a 33%, salários que variam em torno de R$ 2 mil a R$ 10 mil e não tenho como ir mais porque eles trabalham 24 por 72h, pelas características das funções. Por exemplo, cada servidor, trabalha 7 dias por ano, então é preciso uma demanda muito grande de gente. Eu não tenho como aumentar mais esses salários. Já estou com dificuldades na folha, já estou indo no comprometimento da folha de pagamento”, justificou. As declarações foram feitas durante o lançamento da obra de duplicação de um trecho de 3,6 Km da rodovia estadual MT-251 na tarde desta quinta-feira (1º).

O governador disse ainda que está tomando todas as medidas necessárias para garantir as segurança no presídio, a establidade e toda a rotina de estrutura que as unidades prisionais têm. “Nós, com o secretário de segurança pública e com o comandante da PM, estamos colocando os policiais militares pra suprir a demanda que falta por causa da greve. A greve foi foi decretada ilegal e nós vamos tomar as posições firmes e duras que têm que ser relação a isso. Justificou que pelo fato de a greve ser ilegal, autorizou a contração de emergência, principalmente pessoas que já trabalharam nos presídios antes do concurso público. “Determinei que fossem buscados esses que já conhecem o sistema pra nós não sofrermos nenhum tipo de boicote ou retaliação nos presídios”, pontou Barbosa.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas