Gaeco pede prisão do ex-deputado Pedro Henry, mas Zuquim nega

Data:

Compartilhar:

GD


Marcus Vaillant

Ainda durante a Operação Bônus, deflagrada na manhã desta quarta-feira (9) pelo Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o desembargador José Zuquim Nogueira, negou o pedido de prisão contra o ex-deputado federal Pedro Henry.

Ele é acusado de envolvimento no esquema de propina no âmbito do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT), conforme consta nas delações premiadas dos empresários José Henrique Gonçalves e José Ferreira Gonçalves Neto, donos da EIG Mercados (antiga FDL), que foram homologadas por Zuquim.

No ano passado, o nome de Pedro Henry já constava na delação do empresário Antônio Barbosa, irmão do ex-governador Silval Barbosa. Ele contou ao Ministério Público Federal (MPF) que em meados de 2010, foi procurado por um representante do então parlamentar.

Segundo o delator, o representante de Henry lhe perguntou se tinha conhecimento sobre a propina da FDL Serviços de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos Ltda, empresa que prestava serviço de gravame ao Detran.

Consta nos autos que, posteriormente, Antônio Barbosa se reuniu pessoalmente com Pedro Henry, que teria lhe explicado o esquema da empresa, que é oriunda de Brasília, cidade onde vivia o parlamentar, já que era deputado federal. O dinheiro era repassado através de uma empresa em Cuiabá e por meio de “laranjas” dos políticos beneficiados.

Antônio Barbosa relatou ao MPF que após conversar com o irmão governador, passou a fazer parte do esquema ilícito, que previa propina de cerca de R$ 1 milhão. No primeiro mês, ele afirma ter recebido R$ 100 mil. No mês seguinte, ele indicou outra pessoa para receber os valores em nome de Silval.

A partir daí, os valores foram reduzidos para R$ 80 mil por mês, conforme o delator. Segundo o ex-governador, parte do recurso ilícito foi utilizado para comprar uma fazenda do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) Antônio Joaquim.

A 2ª fase da Operação Bereré é resultado da análise dos documentos apreendidos na 1ª fase da Bereré, dos depoimentos prestados no inquérito policial e colaborações premiadas.

A Bônus tem como objetivo desmantelar organização criminosa instalada dentro do Detran para desvio de recursos públicos. 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Notícias relacionadas