A CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) colocou, nessa quinta-feira, um ponto final nas chance de Cesar Cielo disputar os Jogos Olímpicos, definindo a equipe do revezamento 4x100m livre sem o campeão olímpico. Bruno Fratus, dono da melhor marca do país nos 50m livre, exaltou o ídolo, mas vê como exagerada a repercussão da ausência dele no Rio de Janeiro, em agosto.
“Em esporte de alto rendimento, sobretudo na natação, é competição o tempo todo. Não existem favoritos e ninguém é campeão absoluto. Ele é um referência para nós, brasileiros, e para outros países também. Mas o tom de despedida e de desastre está sendo exagerado. Não é o fim do mundo. Temos outros atletas, vão vir outras gerações.”
Cesar Cielo até conseguiu o índice olímpico nos 50m e nos100m livres no Troféu Maria Lenk, última seletiva nacional, disputada no início da semana. No entanto, os tempos foram suficientes apenas para deixá-lo com terceiro e sétimo melhor do país nas provas, respectivamente. E apenas dois se classificam. A chande de disputar a Olimpíada seria um convite da CBDA para compor o revezamento, mas a vaga será de Gabriel Silva Santos.
O nadador de Santa Bárbara d’Oeste, campeão olímpico dos 50m livre em Pequim-2008 e tricampeão mundial na prova, está com 29 anos e na próxima edição dos Jogos Olímpicos, em Tóquio-2020, terá 33.
Para Bruno Fratus, a vida média na natação é peculiar a cada atleta. “Não faço parte da equipe dele. Treino em outro lugar. Então, não sei os motivos e como foi a preparação dele. Isso de idade é muito particular de cada um. O Nicholas Santos foi medalhista mundial aos 35 (no ano passado). Depende da prova, do biotipo, do tipo de treino. Mas uma carreira saudável vai até uns 32 anos.”
Bruno Fratus venceu a final dos 50 m livre no Maria Lenk, com o tempo de 21s74. Ítalo Duarte, que ficou com a segunda vaga para defender o Brasil, nadou 21s82. Cielo ficou fora da Olimpíada por ter terminado em terceiro lugar com o tempo de 21s91.O índice de classificação era 22s27.
