Fla chama Ferj de ditadura, diz que fica no Rio e propõe Liga com 20 clubes

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A exemplo do Fluminense, o Flamengo também descartou abandonar o Campeonato Carioca e passar a disputar o Paulista a partir do ano que vem. O diretor executivo rubro-negro Fred Luz confirmou, ainda assim, que estuda uma possível saída através da Justiça e revelou a proposta para a criação de uma liga estadual formada pelos 20 clubes das primeira e segunda divisões do Estado.

No modelo do Fla, a federação carioca passaria a ser responsável pela terceira divisão local e demais categorias amadoras.

“(Sobre mudança para São Paulo) Não, não, isso está fora de cogitação. O Flamengo é um clube do Rio de Janeiro, se desenvolveu no Rio de Janeiro e irá ficar no Rio do Janeiro. O que desejamos é uma participar de uma solução para o futebol local”, afirmou Luz, durante evento na capital paulista, nesta segunda-feira.

Ele admite o cuidado para que o conflito não vá parar na Fifa.

“Esse é um assunto de foco de estudos constantes, mas temos que buscar que o Flamengo não gere outro passivo para ele próprio. Existe o cuidado com a Fifa para que não cause dano na hora de defender nosso interesse. Diversas ações precisam ser feitas e não vamos parar esse processo”, prosseguiu.

O executivo conclamou a participação das equipes para que a iniciativa do time da Gávea possa progredir.

Rompido com o presidente da Ferj, Rubens Lopes, ele chamou a entidade de “ditatorial”, sugeriu existir o que nomeou de “caixa preta” interna e prática de “ações entre amigos”.

“Temo que rever todos processo de governança no Rio. A federação hoje administra através de modelo ditatorial. Não tem demonstração clara de como controla os recursos”, disse Fred Luiz.

“Ela conta, por exemplo, com R$ 26 milhões emprestados e perguntamos, até aqui sem resposta, a quais clubes, quando vence, o risco dessas operações, se beneficia alguns em detrimento dos outros e mais. O Flamengo quer saber para onde vai a sua polpuda reserva porque temos nesse momento é uma caixa preta e ação entre amigos, sem prestar conta a ninguém”, completou.

Reinaldo Carneiro Bastos, que assumiu o comando da federação paulista, disse que não passou de uma brincadeira entre os dirigentes a possibilidade de vinda de Fla e Flu para São Paulo.

A mudança dependeria de aval da CBF.

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