Federal cita Pagot em suposto esquema com empreiteira

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O relatório final da Polícia Federal a respeito da Operação Castelo de Areia cita o diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura), Luiz Antônio Pagot. As investigações visaram a desmantelar um suposto esquema de corrupção patrocinado pela empreiteira Camargo Correa, acusada de fazer doações ilegais a partidos políticos. As informações são do jornal Folha de S. Paulo, edição deste sábado (23).

Uma planilha encontrada em um pendrive (dispositivo que armazena dados) apreendida pela Polícia Federal aponta que a Camargo Corrêa doou R$ 4 milhões em dinheiro, sem recibo nem registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a políticos nas eleições de 2006. O documento foi apreendido em março do ano passado, na casa de Pietro Bianchi, um dos diretores da construtora.

Os papéis se referem à negociação de um aditivo de R$ 155 milhões pagos à empresa. Cita também Luiz Antonio Pagot e o PP – partido ao qual Nardes era filiado quando deputado federal. No caso de Pagot, aparece grifado o termo "compromisso", estipulando o valor de R$ 500 mil.

O relatório final da Polícia Federal aponta, ainda, indícios de interferência de Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), para liberar obras da eclusa do Tucuruí (PA), tocada pela empreiteira Camargo Corrêa. O nome dele aparece em manuscritos apreendidos na sala de um executivo da empreiteira.

Sobre o ministro, conclui o relatório: "Não é só à obra do Tucuruí que o nome de Nardes aparece atrelado". Na sequência, ele é mencionado como responsável pelo acórdão que permitiu repasses às obras do Rodoanel, também via DNIT, "apesar das irregularidades apontadas pela equipe técnica do TCU".

À época da liberação da verba à Camargo Corrêa, Nardes negou ter relações com a empresa e disse que sua decisão foi técnica. A defesa da empresa diz que todo o material apreendido durante a Castelo de Areia, inclusive a planilha de doações, está sub judice e, se o Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmar a decisão liminar que suspendeu a operação, todo o material será considerado ilegal. Para o advogado da empresa, há vazamento criminoso e politização do caso.

Entenda o caso

A Operação Castelo de Areia foi deflagrada pela Polícia Federal no dia 25 de março de 2009 e investiga a construtora Camargo Corrêa por supostos crimes financeiros e doações ilegais a partidos políticos.

Segundo a Polícia Federal, a empreiteira teria desviado dinheiro de obras públicas superfaturadas para abastecer contas ilegais no exterior. Doleiros utilizariam empresas fantasmas para remeter o dinheiro para fora do país ilegalmente.

O transcorrer das investigações apontou supostas doações ilegais ao PPS, PSB, PDT, DEM, PP e PSDB. Três partidos – PT, PTB e PV – também apareceram na investigação, mas estão excluídos do relatório final.

Outro lado

Procurado pela reportagem, Luiz Antônio Pagot estava com os celulares desligados. A assessoria de imprensa informou que ele está no Rio de Janeiro, onde mora sua esposa.

Segundo a assessoria, a investigação da Policia Federal a respeito das negociações do DNIT com a empreiteira Camargo Correa são da década de 90, ou seja antes de Pagot ser empossado no cargo.

Após o retorno de Pagot do Rio de Janeiro, deverá ser divulgada uma nota a respeito do assunto.

Com informações do jornal Folha de S. Paulo

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