Uma mulher identificada como Maria da Luz das Neves Pereira deu à luz a uma menina na noite do dia 21 de dezembro no Hospital Regional de Planaltina, região administrativa do DF. Ela diz que fez vários exames de ecografia no Centro Clínico CDC que comprovavam que ela estava grávida de gêmeos. No entanto, momentos antes do parto, os médicos informaram que ela esperava apenas um bebê, que nasceu morto.
Agora, ela e o pai da criança, Daniel da Costa Silva, estão em dúvida sobre qual afirmação é correta e querem uma investigação mais detalhada do caso.
A cunhada da mulher, que pediu para ser identificada somente como Fernanda, relatou que Maria da Luz deu entrada no hospital por volta das 19h do 21 sentindo fortes dores. Depois de passar por exames, o médico teria dito que a criança morreu dentro dela no dia 20 e fez um parto de emergência.
No momento de dar entrada para enterrar a criança, veio outra surpresa. A família descobriu que o IML emitiu a certidão de óbito com data de 1889 e agora a família não consegue enterrar a criança.
Para Fernanda, a cunhada entrou em estado de depressão e não consegue tocar no assunto. Enquanto isso, o pai tenta correr atrás da documentação correta para poder enterrar a filha.
— Ela não consegue nem falar da criança nem ver qualquer bebê porque chora.
Feto único
Em nota, a SES-DF (Secretaria de Saúde do Distrito Federal) afirmou que Maria da Luz deu entrada no hospital em trabalho de parto prematuro, de feto único e natimorto "como comprova ecografia realizada antes do parto".
A secretaria disse também que a ecografia que mostrava gravidez "gemelar foi realizada na rede particular, mas o exame da rede pública não comprou a presença de gêmeos".
O Centro Clínico CDC informou que só vai se pronunciar sobre o caso, após o retorno do médico que assinou o laudo da ecografia, que está de recesso até o dia 7 de janeiro.