James Faukner é um aspirante a estilista que usa animais para desenhar seus chapéus. Esse tipo de coisa não é muito bem vista pelas entidades de defesa de animais, mas o escocês tem uma justificativa plausível – ele usa asas, plumas e pele de animais que morreram atropelados.
O sujeito é de Edimburgo, na Escócia, e vai exibir 36 de suas obras em uma exposição a ser realizada a partir de 14 de maio, na Telford College, na capital escocesa.
A exposição é a conclusão do curso de moda e vai trazer obras de todos os outros aspirantes a estilistas que se formam na mesma turma que Faulkner.
Para compor suas obras, o cara usou pele de raposa, penas de pega-rabuda, pombo, corvos e plumas de faisões, marrecos e pavões.
– Tudo começou quando uma amiga minha quis comprar um chapéu para o casamento dela. Sem pensar, eu disse a ela que faria um e, logo depois entrei em pânico. Um dia, porém, eu estava andando pela estrada e vi uma pega-rabuda agonizando. Eu sabia que o vestido da minha amiga ia ser preto e branco, então achei que poderia funcionar. Peguei a ave usando um saco plástico e, depois, usei as penas da cauda para fazer o chapéu. Parece terrível, mas eu cortei as asas do pássaro com um machado.
Quando ele trouxe o chapéu, a noiva ficou maravilhada. Pelo menos até saber de onde ele vinha.
– Quando contei a ela que o chapéu havia sido feito com um animal atropelado, ela ficou muito chocada e disse que imaginou vermes caindo de sua cabeça, mas acabou virando uma atração do casamento. A noiva até fez menção ao chapéu durante seus votos, o que pareceu meio maluco.
Faulkner diz que, apesar de parecer um trabalho tétrico, a atividade fez com que ele aprendesse a lidar melhor com a ansiedade e a depressão.
– Essencialmente, eu me sinto como se estivesse tornando algo muito triste em outra coisa, bem mais estilosa.
Por enquanto, Faulkner, que já tinha formação em História da Arte, só faz os chapéus para amigos e para pessoas que lhe são recomendadas, mas, dependendo do sucesso que sua exposição tiver, pode abrir sua própria loja e seguir carreira com os chapéus atropelados