Escândalo da carne de cavalo faz com que europeus temam descontrole alimentar

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O escândalo envolvendo o comércio irregular de carne de cavalo não para de crescer de proporções na Europa. As autoridades sanitárias da França cancelaram nesta sexta-feira (15) a autorização de venda de produtos da marca Spanghero, fornecedor da carne da fabricante de congelados Findus.

O caso, descoberto no Reino Unido, já envolve a França, a Romênia — país de procedência da carne — e a Holanda, onde trabalhariam intermediários responsáveis pelo tráfico, além de dez países em que carne equina foi consumida em lugar de bovina.

Ontem, a Direção Geral da Concorrência, o Consumo e a Repressão de Fraudes (DGCCRF) da França acusou a Spanghero de “fraude econômica”. Por ordem do Ministério da Economia Social e do Consumo, as autorizações da marca foram suspensas pela vigilância sanitária, obrigando a empresa a anular os trabalhos em sua linha de tratamento de carne.


Além disso, as autoridades sanitárias da Europa estão realizando 2,5 mil testes de DNA em todo o continente para identificar a eventual presença de carne de cavalo nos produtos.

Em Bruxelas, o comissário europeu de Saúde, Tonio Borg, convocou a imprensa para esclarecer que o escândalo não configura uma crise de segurança alimentar, já que não há risco no consumo. “Nós não devemos semear o pânico”, exortou.


O problema é que as suspeitas de fraude despertaram temor na população, ainda traumatizada pelo mal da vaca louca no Reino Unido. Consumidores acusam as autoridades sanitárias de falta de controle sobre os alimentos na Europa. 

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