Equipe cria exame de sangue capaz de prever agressividade do câncer de próstata

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Cientistas espanhóis e britânicos projetaram um exame de sangue que lê alterações genéticas para prever quão grave o câncer de próstata de um homem é provável de ser.

O exame de sangue lê os dados genéticos como um "código de barras". Ao analisar o padrão de genes ' ligados' e ' desligados' nos glóbulos vermelhos, os pesquisadores conseguem identificar com precisão quais cânceres de próstata têm as piores taxas de sobrevivência.

equipe espera que o exame de sangue possa ser usado em conjunto com o teste de PSA convencional para selecionar pacientes com pior prognóstico em necessidade de tratamento imediato.

"Mostramos que é possível aprender mais sobre o câncer de próstata por meio dos sinais que a doença deixa no sangue, permitindo-nos desenvolver um teste que é, potencialmente, mais preciso do que os disponíveis até agora e mais fácil do que uma biópsia. Nosso teste lê o padrão de atividade genética como um "código de barras", detectando sinais de que um paciente possa ter um câncer mais agressivo. Médicos devem, então, ajustar o tratamento em conformidade com os resultados", afirma o líder da pesquisa Johann de Bono, do Institute of Cancer Research, no Reino Unido.

De Bono e seus colegas testaram o exame em 94 pacientes. Eles separaram os participantes em quatro grupos com base nos resultados do teste de "código de barras".

Um dos grupos apresentou resultado significativamente pior, sobrevivendo por muito menos tempo do que os outros pacientes.

Os pesquisadores, então, confirmaram suas descobertas em outros 70 pacientes norte-americanos com câncer avançado, e descobriram que nove genes poderiam detectar com precisão pacientes com menor chance de sobrevivência.

Os pacientes com esta assinatura genética "ruim" sobreviveram por uma média de nove meses, em comparação com 21 meses para aqueles sem o padrão genético.

Cientistas do Dana-Faber Cancer Institute, nos EUA, também testaram um exame de sangue semelhante para detecção do câncer de próstata.

Eles descobriram seis genes que poderiam dividir os pacientes em grupos de alto e baixo risco.

"Estes resultados são importantes. Não só apontam para um grupo de pacientes com câncer de próstata avançado que têm piores prognósticos, e que, portanto, podem precisar de diferentes formas de tratamento, mas também apontam para o possível papel do sistema imunológico na influência de como um câncer pode se comportar", afirma o pesquisador Malcolm Mason, do Cancer Research UK.

Se os resultados atuais se confirmarem em estudos futuros, os pesquisadores acreditam que poderão ter uma nova forma de selecionar os tratamentos adequados para os pacientes certos.

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