Equilibrado, Willliam é a esperança por dias melhores da monarquia britânica

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Talvez a primeira imagem pública de que se tem lembrança do príncipe William era do garoto triste, ao lado do caixão da princesa Diana, que havia morrido tragicamente em um acidente de carro em 1997. O futuro do garoto, na época fragilizado pela perda da mãe e pelo desmantelamento de sua família, parecia incerto diante de tantas adversidades já aos 15 anos de idade.

O segundo na sucessão para a coroa britânica, porém, surge às vésperas de seu casamento como um homem maduro e figura perfeita para restaurar o prestígio da monarquia britânica, depois de anos de escândalos envolvendo membros da realeza.

Pé no chão e discreto, William não tem o carisma da mãe, mas é uma peça-chave essencial para modernizar a instituição, considerada ultrapassada.

Mesmo com um papel figurativo, a família real ainda é muito valorizada pela população como símbolo de “britanidade”. Segundo uma pesquisa recente feita pela organização You Gov, 68% dos britânicos querem a manutenção da monarquia, enquanto 16% gostariam de migrar para um sistema republicano.

William desenvolveu personalidade discreta e acessível

A criação protetora e privilegiada não impediu que o príncipe alto e charmoso desenvolvesse a capacidade de conversar com pessoas de todos os níveis. Prova disso foi a escolha de sua noiva, Kate Middleton, uma plebeia de origens humildes, de quem se aproximou quando dividiam uma república na Universidade St. Andrew.

Como o irmão mais sensato, ele conta com um círculo seleto de amigos e continua a tratar os meios de comunicação com distância e desconfiança. Diferente do príncipe Harry, quem já admitiu ter fumado maconha e apareceu vestido de general nazista, até agora William conseguiu evitar escândalos do tipo.

 

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Depois de terminar o ensino fundamental, o príncipe passou o ano seguinte em um treinamento na selva em Belize, na América Central, e teve também trabalhou na instituição de caridade britânica Raleigh International, no Chile.

Na universidade, William entrou como aluno do curso de história da arte, mas acabou formando-se em geografia. Aparentemente, foi Kate quem convenceu William a continuar os estudos quando ele quis abandonar a graduação inicial afirma Robert Jobson, autor de uma biografia do casal.

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Os príncipes William (esq.) e Harry (dir.), aos 15 e 12 anos, acompanharam o triste enterro da mãe Diana (Crédito: Adam Butler/06.09.1997/AP)

Príncipe protejeu Kate e fez pedido de casamento romântico

William protege muito a noiva. Consciente das obrigações da monarquia, principalmente depois do doloroso exemplo de Diana, o príncipe deu tempo a Kate para que tivesse a oportunidade de "dar marcha à ré antes que as coisas se tornassem sérias demais".

A presença de Kate e de seus pais na cerimônia de formatura do príncipe na academia militar de Sandhurst oficializou a relação em dezembro de 2006. Com um breve rompimento no meio do caminho em abril do ano seguinte, os dois voltariam a reatar, desta vez com o casamento à vista.

O pedido oficial aconteceu em outubro de 2010, numa reserva do Quênia, depois que William carregou durante vários dias a aliança de compromisso de Diana para presentear Kate.

O príncipe acabara de terminar sua formação de piloto de helicóptero de busca e resgate e explicou: "Nós dois decidimos que agora era um bom momento", em entrevista após o anúncio oficial do noivado.

– Quando a conheci, logo soube que havia algo de muito especial nela.

O interesse mundial no casamento, sua turnê para Austrália e Nova Zelândia em março e as aparições públicas conjuntas com a noiva projetaram ainda mais uma imagem positiva do príncipe.

É improvável que, por hora, ele seja capaz de interroper o interesse da imprensa por sua vida.


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