Welington Sabino/ GD
O ex-secretário Eder Moraes deverá seguir algumas medidas determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Ele terá que se recolher em casa no período das 22h às 6 horas da manhã, deverá entregar o passaporte em 24 horas, não poderá manter contato com nenhum dos investigados e não poderá se ausentar de Cuiabá.
Nesta quinta-feira (29), foi revogada a prisão preventiva do ex-secretário estadual de Fazenda, Eder Moraes (PMDB), que está detido no Centro de Detenção Provisória de Brasília, no Complexo da Papuda, em Brasília, desde o dia 20 deste mês quando foi preso pela Polícia Federal (PF) durante a 5ª etapa da Operação Ararath. A defesa de Moraes confirmou que o pedido de relaxamento da prisão preventiva foi atendido pelo ministro Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli.
O pedido de habeas corpus tinha sido encaminhado pelo ministro Dias Toffoli para a Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta quarta-feira (28), pois o magistrado só iria analisar o pedido nesta quinta-feira, após parecer dos procuradores.
Contra Eder há um mandado de prisão expedido pela Justiça Federal de Mato Grosso. No entanto, os advogados do ex-secretário acreditam que a decisão de Toffoli se sobrepõe ao mandado expedido no Estado. Eles tentam conseguir ainda nesta quinta a liberação de Eder, preso na Carceragem anexa do Complexo Penitenciário da Papuda.
A Operação Ararath investiga políticos, empresários e membros do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Assembleia Legislativa, Prefeitura de Cuiabá e Ministério Público Estadual. Os investigados são acusados de envolvimento num esquema de lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro nacional e um suposto desvio de recursos públicos. Eder é apontado como operador de esquema , por meio de uma operação clandestina que utilizava o BICBanco e as empresas de Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça. (Colaboraram Sissy Cambuim e Noelma Oliveira)