O empresário e primeiro suplente de Pedro Henry (PP) na Câmara Federal, Roberto Dorner (PSD), insinuou que, o ex-colega de partido, Neri Geller (PP) é invejoso e quer lhe dar uma rasteira. "Bateu desespero nele e está querendo entrar", afirmou Dorner.
A reação de Dorner se deve ao fato do segundo suplente Neri Geller e a direção nacional do PP terem ingressado com mandado de segurança, com pedido de liminar, junto ao Supremo Tribunal Federal, pleiteando a cadeira de deputado federal que será ocupada por ele por conta do fato do titular ter voltado a assumir a secretaria estadual de Saúde.
A ação se fundamenta no argumento de infidelidade partidária e no entendimento do Supremo de que o mandato e os votos nas eleições proporcionais pertencem à legenda e não ao candidato.
Ao definir a postura do colega, Dorner sugeriu que ele é invejoso, pois ressaltou que Neri não se conforma com o fato de ter disputado pela segunda vez o cargo de deputado federal e ter conquistado menos votos que ele que é novato na política. "Ele não aceita isso", salientou Dorner.
O empresário da comunicação também confessou estar um pouco frustado com a política por conta da falta de companheirismo e das promessas não cumpridas."Não existe amigo nem companheiro na política", reclamou Dorner.
Quanto às promessas não cumpridas, Dorner se referia ao governador Silval Barbosa (PMDB) que teria lhe garantido que iria segurar Pedro Henry na Saúde para que o empresário pudesse exercer quatro anos de mandato. "Ele (Silval) disse que eu ía ficar os quatro anos e ficar com as emendas. Nada disso está acontecendo", lastimou.
Apesar das decepções, Dorner disse estar tranquilo e confiante que não perderá a legitimidade para assumir a cadeira deixada por Henry. "Quando deixei do PP recebi a garantia do PSD que eu não perderia o mandato porque é um partido novo que não pode ser enquadrado na Lei de Fidelidade", lembrou.
É tamanha a esperança de Dorner que ele afirma que não vai gastar um real do bolso para contratar advogado para fazer sua defesa no embate jurídico que se inicia com Geller.
Eleições
No pleito de 2010, Neri Geller teve 45.196 votos. Ficou na segunda suplência da aliança proporcional, composta por seis partidos (PP, PRB, PTN, PRP, PHS e PTC). Geller ficou atrás apenas de Dorner. Da coligação foram reeleitos Pedro Henry, com 81.454 votos, e Eliene Lima, com 66.482 votos. Em outubro de 2011, Roberto Dorner migrou para o PSD junto com outras lideranças, captaneadas pelo presidente da Assembleia, deputado José Riva