O dólar subiu quase 1% frente ao real nesta sexta-feira (26), contrariando o comportamento do mercado internacional de câmbio por causa de ajustes internos. A moeda norte-americana subiu 0,99%, para R$ 1,83. É a maior cotação de fechamento desde 25 de fevereiro. No mês, o dólar agora acumula alta de 1,27%.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) subiu 0,35%, aos 68.682 pontos. Na semana, o Ibovespa acumula perda de 0,21%. Em março, variação acumulada é de 3,28%.
O giro financeiro foi de R$ 5,70 bilhões.
No exterior, enquanto o mercado local fechava, o euro tinha valorização de 0,9% ante o dólar. O combustível para a alta era a aprovação de um pacote da zona do euro e do FMI (Fundo Monetário Internacional) para a Grécia.
No Brasil, porém, o dólar destoou. Profissionais de mercado descartaram que a alta tenha ocorrido por causa de operações de saída de moeda estrangeira. Para dois deles, o que predominava era uma frustração com a entrada de dólares, que tem sido menor que o esperado.
O país registra em março, até o dia 19, fluxo negativo de US$ 2,345 bilhões (4,273 bilhões). No começo do mês, analistas previam que ofertas de ações engrossariam as entradas de recursos no país.
Marcelo Oliveira, operador de câmbio da corretora BGC Liquidez, afirmou que parte do mercado – que previa níveis menores para o dólar – ajustou posições em meio à possibilidade de que a moeda se mantenha acima de R$ 1,80.
O mercado prevê prejuízo de de US$ 50 bilhões (R$ 91,115 bilhões) em conta corrente este ano, com saldo positivo de apenas US$ 10 bilhões (R$ 18,223 bilhões) no resultado da balança comercial – que registra o total das importações e exportações -, de acordo com pesquisa do Banco Central junto a instituições financeiras.
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