O dólar subiu e terminou a sexta-feira no nível de 3,41 reais, acompanhando a trajetória da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior em dia de agenda esvaziada, e com os investidores de olho no noticiário político local.
O dólar avançou 0,60 por cento, a 3,4117 reais na venda, mas acumulando queda de 0,42 por cento na semana. Na mínima, foi a 3,3933 reais e, na máxima, marcou 3,4193 reais. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,80 por cento.
“O dólar está mais forte no mundo e, aqui, estamos trabalhando totalmente voltados para o exterior”, afirmou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin.
No exterior, o dólar subiu para a máxima em duas semanas ante a cesta de moedas com o avanço dos rendimentos dos Treasuries. Destaque para a fraqueza do euro antes da reunião do Banco Central Europeu (BCE) na próxima semana, quando as autoridades devem sinalizar que não haverá mudanças na política monetária.
O dólar também operava em alta ante moedas de países emergentes e exportadores de commodities por conta da queda nos preços do petróleo e de commodities metálicas, como odólar australiano, o rand sul-africano e a lira turca.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) nesta sexta-feira por cortes de produção que ajudaram a elevar os preços da commodity e disse que essa ação não será tolerada. Após o tuíte do presidente dos EUA, o petróleo Brent e o WTI passaram a cair.
Internamente, o mercado seguiu monitorando o noticiário sobre o cenário político e articulações para o pleito de outubro.
O Banco Central vendeu todo o lote de 3,4 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,7 bilhão de dólares do total de 2,565 bilhões de dólares que vence em maio.
Se mantiver esse volume diário e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.