O dólar comercial fechou abril com queda acumulada de 2,47%, apesar da alta de 0,29% registrada nesta sexta-feira (30), que levou a moeda a fechar cotada a R$ 1,737. Nesse nível, o dólar acumulou nos primeiros quatro meses deste ano baixa de 0,34%. No período de 12 meses, o dólar registra queda de 20,61% – em 30 de abril de 2009, a moeda americana era negociada a R$ 2,188.
A atuação mais agressiva do Banco Central – tanto ao realizar dois leilões como nas declarações – , fez o dólar reverter uma tendência de queda e subir nesta sexta-feira, segundo operadores.
Não havia a expectativa de segundo leilão de compra de dólar por parte do BC no início da tarde, já que a moeda navegava perto da estabilidade e o cenário externo não era dos melhores, mas a segunda intervenção aconteceu, das 15h17 às 15h27, e na avaliação dos operadores foi agressiva. No primeiro leilão, até 12h37, a taxa de corte das propostas foi fixada em R$ 1,7312 e, no segundo, em R$ 1,7342.
Além disso, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, reafirmou nesta sexta-feira que a instituição "continua normalmente na sua política de absorver excesso de liquidez na economia", seja por meio dos depósitos compulsórios – em reais – ou pelo aumento de reservas internacionais em relação ao ingresso líquido de dólares no país.
– O Banco Central continua comprando dólares na medida em que exista entrada líquida de recursos no país. Caso exista uma carência de liquidez, o BC pode vender reservas.
As declarações vieram um dia depois do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, admitir que o Tesouro será mais agressivo na compra de dólares.