Dilmar diz não saber nada sobre esquema e empresas fantasmas

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Ouvido como testemunha pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal, no processo em que o ex-deputado José Riva (PSD) é réu sob acusação de peculato e formação de quadrilha, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) disse que seu relacionamento com o social-democrata era institucional e sempre respeitou Riva como presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Afirmou não saber nada sobre o suposto esquema de desvio de dinheiro na Assembleia que o Ministério Público afirma que era comandado por Riva e gerou prejuízo de R$ 62 milhões aos cofres.

O democrata afirmou ainda não conhecer o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, delator da Operação Ararath e nem saber nada sobre sua declaração de que Riva recorria a ele em busca de empréstimos para “alimentar o sistema e a imprensa”. Na denúncia, o Ministério Público sustenta que o esquema era operado por meio de empresas fastasmas consistindo na realização de licitações fraudulentas de materiais gráficos, que eram faturados, cobrados, mas não realizados. Por sua vez, Dal Bosco também sustentou que não tem conhecimento sobre empresas fantasmas envolvidas em licitações na Assembleia na época em que Riva presidia a Casa.

Dal Bosco disse que os parlamentares assinavam os requerimentos de entrega de materiais de gabinete e destacou que o consumo de material é grande na Assembleia Legislativa. Justificou que as audiências públicas realizadas pelo Legislativo Estadual consomem muito material gráfico. O parlamentar disse que não tem controle da entrada e saída de materiais por isso não sabe dizer a quantidade utilizada. Ressaltou que na época em que Riva era presidente não faltava materiais na Casa e seu gabinete era sempre atendido.

O promotor de Justiça questionou o parlamentar o que é “muito” pra ele, pois para outra pessoa com entendimento diferente a mesma quantia pode não representar muito. Por sua vez, Dilmar Dal Bosco disse não saber a quantidade de toner e nem de impressoras e também respondeu ao representante do Ministério Público que nunca viu Janete Riva (PSD), esposa de José Riva, no setor de almoxarifado da Assembleia.

José Riva não vai participar da audiência. A confirmação foi feita por Valber Melo, um dos seus advogados. O ex-deputado está preso desde o dia 21 de fevereiro sob acusação de peculato e formação de quadrilha. Pesa contra ele a acusação de ser ser o mentor de um esquema de desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, supostamente ocorridos entre os anos de 2005 e 2009, cujo prejuízo ao erário, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), chega aos R$ 62 milhões. A ação penal tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, sob responsabilidade da juíza Selma Rosane Santos Arruda.

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EPISÓDIO 1

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