Os dados apresentados pelo secretário de Fazenda, Paulo Brustolin, aos deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, nesta terça-feira (28), foram questionados e confrontados pelo parlamentar Emanuel Pinheiro (PR). Por isso uma nova reunião deverá ser agenda para sanar as dúvidas. Ocorre que o republicano também apresentou números relativos ao fluxo financeiro do Estado, sendo esses divergentes dos de Brustolin.
No balanço geral do Governo, referente ao primeiro quadrimestre da gestão de Pedro Taques (PDT) à frente do Palácio Paiaguás, Brustolin reafirma ter encontrado apenas R$ 84 mil na Conta Única, informação divulgada logo no primeiro dia da atual administração, mas negada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Pinheiro, no entanto, afirma que no dia 2 de fevereiro, havia aproximadamente R$ 120 milhões na Fonte 100, a da arrecadação própria.
Brustolin explicou durante a audiência que do orçamento de R$ 1,4 bilhão previsto para 2014, R$ 959,4 eram do Poder Executivo, mas cerca de R$ 877 milhões eram recursos de convênios e contas especiais, ou seja, “dinheiro carimbado”, com finalidade específica e no qual não se pode mexer.
Na Conta Única, no ultimo dia do ano passado, havia R$ 54,3 milhões. Esse valor somado à arrecadação de R$ 27, 6 milhões chega ao montante de aproximadamente R$ 82 milhões, dos quais pelo menos R$ 63 mi estariam “em trânsito”, ou seja, sendo deduzidos do caixa.
Diante das controvérsias e confiante nos seus próprios números, Pinheiro questionou a necessidade de medidas adotadas pelo governo, como o Bom Pagador, pacote que dispõe sobre a forma de pagamento das dívidas do Estado. Segundo o deputado, as contas do governo estão em equilíbrio e por isso não havia necessidade das regras do decreto assinado por Taques.
Os dados do deputado foram entregues ao secretário e nova reunião para tirar dúvidas ainda não tem data certa. (Com informações de Sonia Fiori, repórter de A Gazeta)
