A presidente Dilma Rousseff avisou, nesta quinta-feira (6), que o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) deve investigar se os operadores estão mantendo adequadamente a rede de para-raios do sistema.
Ela voltou a dizer que um raio não pode ser justificativa para derrubar o fornecimento de energia elétrica no País.
O recado foi transmitido por meio do o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Thomas Traumann.
De acordo com o ministro, Dilma reafirmou que o sistema elétrico do País tem a obrigação de resistir a raios.
— A presidenta da República reafirma sua declaração, de 27 de dezembro de 2012, de que o sistema elétrico brasileiro necessariamente precisa ser à prova de raios. O Brasil é um dos países com maior quantidade de raios no mundo. O sistema elétrico brasileiro foi montado para ser à prova de descargas elétricas, com uma gigantesca rede de para-raios.
Declarações semelhantes foram dadas no fim de 2012, quando a presidente comentou o apagão, registrado em dezembro daquele ano, que deixou 12 Estados brasileiros às escuras. Na ocasião, ela disse não ser possível admitir que a queda de um raio seja usada como justificativa para falta de fornecimento de energia.
Apagão
Nesta quinta, o ONS informou que um raio pode ter provocado um curto-circuito que gerou o apagão da última terça-feira (4).
Ao descartar o alto consumo de energia como motivo da queda do fornecimento de energia, o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, disse que o órgão apura se um raio pode ter iniciado o apagão.
—É uma das hipóteses. Temos que verificar com os institutos especializados se havia descargas [atmosféricas] no momento. Eles têm como identificar isso.
Quatro regiões do País foram atingidas pelo apagão da última terça. Além do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, também houve falta de energia na região norte.
De acordo com nota do ONS, o problema teve início com curtos-circuitos na linha Miracema – Colinas, em Tocantins.