Dilma demite Luiz Pagot e vai entregar o DNIT ao PT

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A demissão do diretor-geral do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, será oficializada em 30 dias. A presidente Dilma Rousseff já avisou que está decidida a mudar, com urgência, o comando da autarquia e já tem nas mãos o nome que gostaria de ver no cargo.

Segundo as informações, Dilma tem conversado com pessoas próximas e disse que gostaria de ver o diretor de Infraestrutura Rodoviária do órgão, Hideraldo Caron, no comando do DNIT. Gaúcho, Caron é ligado ao PT. 

Afastado do cargo no sábado (2), após denúncias de irregularidades em obras e licitações ligadas à autarquia, Pagot deixará em definitivo o cargo quando voltar das férias de 30 dias, segundo informou, nesta terça-feira (5), a Secretaria de Comunicação Social da Presidência. 

De acordo com o Planalto, ele havia pedido, em novembro do ano passado, férias de 30 dias, a partir do dia 4 de julho. Ainda segundo a assessoria do Planalto, após este período, ele pedirá exoneração ou será exonerado. 

A saída definitiva de Pagot foi acertada nesta segunda (5) com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Dilma e Hideraldo trabalharam juntos durante o Governo de Olívio Dutra, no Rio Grande do Sul. Ele dirigiu o DAER (Departamento Estadual de Estradas e Rodagem). 

Segundo assessores, mesmo com a mudança, a presidente ainda não vê motivos para a saída do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. 

As suspeitas de corrupção no Ministério dos Transportes, no DNIT e na Valec incluem um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina que beneficiaria o PR. O partido controla a pasta desde o Governo de Luiz Inácio Lula da Silva e é um dos principais aliados do Governo. 

No sábado, com a divulgação das denúncias pela revista "Veja", Dilma determinou o afastamento de quatro integrantes da cúpula do ministério, incluindo Pagot.

Dois assessores de Nascimento — Mauro Barbosa da Silva, ex-chefe de gabinete do ministro, e Luiz Titto Barbosa, assessor do gabinete — tiveram a exoneração publicada no "Diário Oficial" desta terça-feira. 

O quarto envolvido nas suspeitas publicadas em reportagem da revista "Veja", José Francisco das Neves, presidente da Valec (Engenharia, Construções e Ferrovias), deverá ter seu afastamento examinado pelo conselho de administração da estatal. 

Com informações do G1 e Folha Online

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