Para o secretário de Agricultura, Maurílio Magalhães, o uso do plantio de arroz para recuperação de pastagens possibilita a obtenção de grão para venda e alimentação do produtor familiar ao mesmo tempo em que recupera a pastagem para seu rebanho. Segundo ele, o dia de campo é importante porque promove uma integração entre os produtores e proporciona conhecer as novas variedades e o sistema de plantio.
O produtor Elton Toni Marques, que reside com sua família no município há aproximadamente 12 anos, a opção pelo plantio do arroz foi para fazer a rotação de cultura. “A terra precisava dessa recuperação, era uma área de pastagem e o arroz por ser uma variedade rústica e rentável, foi nossa melhor alternativa”, explicou ele.
Atualmente, a fazenda tem uma lavoura de 650 hectares de arroz, nas variedades de cambará, e do híbrido Eco e Eco CL. “ A Eco é uma variedade híbrida nova, desenvolvida por uma multinacional, que vem abrindo mercado para arroz de terras altas. Foi o primeiro híbrido lançado em Mato Grosso, em 2007. Vem demonstrando um potencial produtivo elevadíssimo a nível de campo, superando as cultivares tradicionais existentes”, garantiu. Segundo o produtor, a produtividade esperada era de 120 a 130 sacas por hectare, mas depois da colheita das primeiras áreas, já se fala em 180 sacas por hectare.
Entre as principais características estão o vigor híbrido, que proporciona inúmeros benefícios ao produtor: uma planta mais robusta com maior estabilidade produtiva, alto potencial de rendimento, maior nível de resistência a doenças e maior tolerância a estresses ambientais; boa tolerância a doenças como brusone, mancha parda e mancha estreita e maior absorção de nutrientes, melhor fixação da planta e, conseqüentemente, resistência ao acamamento, inclusive no sistema pré-germinado
Além da produção de arroz, o proprietário ainda se preocupa com a questão ambiental, mantendo espécies nativas da região e preservando as APPS. Nas margens do rio Carapá, a fazenda tem cerca de 150 metros de preservação. Elton Marques vê essa integração entre lavoura, pecuária e floresta como o futuro da região.
Fonte: Angela Fogaça