Redação R7
O ICD (Indicador Coincidente de Desemprego) avançou 1,2% em julho ante junho, para 90,8 pontos na série com ajuste sazonal, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas), nesta quarta-feira (5). Trata-se do maior resultado desde novembro de 2007 (93,9 pontos). O ICD sobe há sete meses seguidos e, em junho, cresceu 1,6%. A alta significa que a percepção dos consumidores sobre o mercado de trabalho piorou e já é mais desfavorável até do que no auge da crise internacional.
“O resultado sinaliza continuidade da tendência de aumento da taxa de desemprego no mês. Em 2015, o ICD acumula alta de 23,3% até julho”, destacou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV, em nota.
A deterioração das avaliações sobre o mercado de trabalho se deu principalmente entre as famílias de baixa e média renda. Segundo a FGV, o indicador que mede a percepção de dificuldade de se obter emprego em julho teve o avanço mais intenso na faixa dos consumidores com renda familiar entre R$ 2.100 e R$ 4.800, com alta de 3,4% em julho ante junho.
O ICD é construído a partir dos dados desagregados, em quatro classes de renda familiar, da pergunta da Sondagem do Consumidor que procura captar a percepção sobre a situação presente do mercado de trabalho.