Os deputados estaduais estão na expectativa desta terça-feira (3), em que o deputado federal Pedro Henry (PP) deve comparecer à Assembleia Legislativa, para discorrer sobre denúncia de suposto desvio na ordem de R$18 milhões/ano na saúde do Estado. Henry afirma possuir documentos que comprovem o desvio, sendo que caso a denúncia se confirme, os parlamentares já defendem uma investigação mais profunda, que pode resultar em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Conforme presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, deputado estadual Antônio Azambuja (PP), explicou que já foi encaminhado ofício ao secretário de Saúde estadual, Mauri Rodrigues, que deve comparecer nas próximas semanas, para maiores esclarecimentos acerca da denúncia de Henry, que gerenciou a pasta de 2011 a 2012.
De acordo com Henry, o desvio consiste nos repasses mensais realizados pelo Ministério da Saúde, em que são encaminhados R$2,8 milhões para investimentos e cirurgias de alta e média complexidade em Sinop. Contudo, deste total apenas R$1,5 mi estariam sendo repassados para o município. “São 1,3 mi/mês que não estão sendo enviados para Sinop, onde estão aplicando estes recursos? São 18 milhões por ano”, questionou o deputado.
Azambuja adianta que a Comissão deve formar uma ideia a partir da denúncia de Henry, sobre a saúde estadual, e também sobre as Organizações Sociais de Saúde (OSS). Outro ponto questionado é sobre os medicamentos vencidos.
“Queremos subsidiar a ação do governo, saber se as OSSs são importantes ou não, até porque, também temos que votar um projeto de lei de iniciativa popular, que pede o fim do atual modelo de gestão da saúde pública”, explicou Azambuja.
O deputado estadual também explica que já foram recebidos documentos de Sinop, com cópias de pagamentos e recursos que o Estado aportou.
Sobre a possibilidade de uma investigação mais a fundo, que culmine em uma CPI, Azambuja destacou que a Comissão de Saúde passará o resultado para a Casa de Leis, mas que a decisão maior é do plenário.
Contudo, o deputado estadual Ezequiel Fonseca (PP), defende uma investigação mais profunda, sendo que já havia falado sobre a possibilidade de se instaurar uma CPI das OSSs. “A investigação já existe, queremos é aprofundar”, disse.