O deputado federal Pedro Henry (PP) enfrenta na Justiça outras questões além da ação penal 470 (mensalão), que está sendo julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e na qual é acusado de corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Pelo mesmo caso, ele responde a uma ação de improbidade administrativa também movida pelo Ministério Público Federal (MPF) e em tramitação na Justiça Federal do Distrito Federal, onde há outra ação civil pública contra o deputado.
No STF, ele é alvo de um inquérito que apura peculato. De acordo com o MPF, houve a “nomeação de funcionário para cargo em comissão de natureza absolutamente distinta das funções efetivamente exercidas”. Christiano Furlan teria sido contratado como assessor técnico na Câmara, porém, na prática, teria trabalhado como piloto de avião particular do deputado.
Em ação trabalhista movida pelo funcionário, Henry tentou justificar que “o cargo de assessor técnico comporta o exercício da atividade de piloto”. No ano passado, ele chegou a conseguir o arquivamento do inquérito, mas o MPF recorreu contra a decisão e conseguiu revertê-la em março último. O ministro mato-grossense Gilmar Mendes votou contra o agravo regimental apresentado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Na Justiça Federal de Mato Grosso, o pepista é alvo de ação de improbidade administrativa, também movida pelo MPF. É acusado de envolvimento com a máfia das ambulâncias.
O caso, conhecido como "sanguessugas", também está na esfera criminal, mas ainda em fase de inquérito — o Supremo autorizou a investigação e o parlamentar já foi ouvido pela Polícia Federal.
Em março deste ano, o STF arquivou inquérito que apurava captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral. O Tribunal de Contas do Estado julgou irregulares as contas da Companhia de Saneamento de Mato Grosso referentes ao exercício de 1995, quando presidida por Henry. O parlamentar sempre negou quaisquer irregularidades em sua conduta.
