Depoimentos colocam suplente de deputado na mira da PF

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Sexta etapa da ação aconteceu nesta sexta-feira, na casa do candidato Gilmar Fabris (PSD)


MAX AGUIAR 
Midia news
Depoimentos prestados após a quinta fase da Operação Ararath, desencadeada pela Polícia Federal, em maio deste ano, culminaram com as buscas e apreensões desta sexta-feira (25), em Cuiabá e em Ribeirão Preto (SP). 

O principal alvo desta nova etapa foi o suplente de deputado estadual Gilmar Fabris (PSD). 

Uma equipe da PF, comandada pelo delegado Wilson Rodrigues de Souza, esteve no apartamento do político, no edifício Campo D’Ourique, no bairro Santa Rosa, em cumprimento de mandado,  na manhã de hoje.

Documentos e celulares de Fabris e de sua esposa, Anglisey Volcov, foram aprendidos durante a operação. Ele é candidato a deputado estadual.

O computador portátil do advogado Ocimar Carneiro de Campos também foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, para averiguação.

A partir de documentos apreendidos, em outras fases da Operação Ararath e depoimentos prestados pelos investigados, a Polícia Federal começou a investigar uma possível conexão entre Gilmar Fabris e o ex-secretário de Fazenda, da Copa e da Casa Civil, Éder Moraes.

Os dois teriam feitos empréstimos fraudulentos com o empresário Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o “Júnior Mendonça”, que é o delator premiado da Operação Ararath.
 
O foco da investigação são pessoas e empresas que agiam como instituição financeira sem autorização do Banco Central, e facilitavam a lavagem de ativos de origem ilícita. 

O dinheiro circularia num sistema financeiro paralelo sem controle e fiscalização. 

Quatro pessoas já respondem a uma ação penal proposta pelo Ministério Público Federal e ainda estão em trâmite 13 inquéritos policiais (investigações).

“Cartas Marcadas”

Há um ano, a Polícia Civil de Mato Grosso indiciou 20 pessoas acusadas de envolvimento na Operação Cartas Marcadas, que investigou fraudes na emissão de mais R$ 600 milhões em cartas de crédito a Agentes da Administração Fazendária (AAF) da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). 

Na ocasião, foram indiciados o entçai secretário do Escritório de Representação de Mato Grosso em Brasília (Ermat), Eder Moraes (PMDB), o suplente de deputado estadual Gilmar Fabris (DEM) e o ex-secretário de Fazenda, Edmilson dos Santos.

A Polícia apontou que o grupo composto pelas 20 pessoas indiciadas, causou prejuízo de R$ 493.907.803,08 aos cofres públicos, com a emissão sobrevalorizada de certidões de créditos a 255 AAFs, que também teriam sido prejudicados.

Operação Ararath

A investigação teve início em 2011, com a finalidade de apurar a prática de crimes contra o sistema financeiro nacional (operação clandestina de instituição financeira) e lavagem de dinheiro.

O grupo investigado utilizava-se de empresas de factoring (fomento mercantil) como fachada para concessão de empréstimos a juros a diversas pessoas físicas e jurídicas no Estado, segundo a PF. 

A primeira fase da Operação foi deflagrada em 12 de novembro de 2013. A segunda fase no dia 25 de novembro e a terceira, no dia 16 de dezembro. 

A quarta fase da Ararath foi neste ano, no dia 19 de fevereiro. A quinta fase ocorreu no dia 20 de maio. 

Na ocasião, foram presos o deputado estadual José Riva (PSD) e o ex-secretário Eder Moraes.

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