CPI mista da Petrobrás aprova quebra de sigilo bancário de tesoureiro do PT

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Sob protestos de parlamentares do PT e de outros integrantes da base aliada, a CPI mista da Petrobrás aprovou na tarde desta terça-feira, 18, um pedido para quebrar os sigilos bancário, fiscal e telefônico do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Ele foi acusado pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e pelo doleiro Alberto Youssef de cobrar propina de empreiteiras para obras da companhia petrolífera.

O pedido foi aprovado por um voto de diferença, 12 votos a favor e 11 contra, e contou com o apoio de integrantes de partidos da base, como PMDB e PDT. O requerimento do líder do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR), prevê a transferência dos sigilos de Vaccari entre 1º de maio de 2005 e 20 de maio deste ano.

A iniciativa da comissão que investiga a estatal ocorre após a última etapa da Lava Jato, deflagrada na sexta-feira, 14, e que prendeu 23 pessoas, entre os executivos das principais empreiteiras do País e o ex-diretor de Engenharia e Serviços, Renato Duque. Além disso, os trabalhos da CPI, caso não sejam prorrogados até 22 de dezembro, devem ser encerrados na próxima semana.

O líder do PT do Senado em exercício, Wellington Dias (PI), protestou contra o pedido. Segundo ele, não há nenhum tipo de “indiciamento” referente a João Vaccari. “Não tem nenhuma convocação, nenhum indiciamento, então temos aqui uma situação em que se busca apenas colocar a politização, a disputa partidária para este caso”, criticou.

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse não achar “justo” quebrar os sigilos de apenas um tesoureiro do partido. “O que peço dos meus colegas é quebrar o sigilo bancário de todos”, defendeu.

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