Contra ameaças, Maggi quer segurança após mandato

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O governador Bairo Maggi revelou que, após receber várias críticas por sancionar uma lei que prevê segurança pessoal e patrimonial pós-mandato, decidiu normatizar um sistema que, segundo ele, existe em Mato Grosso há anos, mas de forma irregular.

A lei prevê que, após o término do mandato, Maggi terá direito a permanecer com até seis policiais militares à sua disposição, serviço esse que deverá ser prestado por meio da Casa Militar e pago pelo Estado.

"Nunca tomei nenhuma decisão pensando no que os outros vão achar ou deixar de achar. São decisões de Governo, independentemente de aplausos ou de críticas. Sei os problemas que enfrento, quantas ameaças já sofri e ainda quantos cartéis já quebrei no Estado. Com um mandato de oito anos, não acho justo deixar de ser governador em um dia e, no outro, ficar jogado às traças", afirmou, após solenidade na noite de quarta-feira (20), no Ribeirão do Lipa, na periferia de Cuiabá.

Maggi explicou que este tipo de lei existe no Governo Federal e em outros Estados. Para ele, era necessário regularizar uma prática que há anos é realizada. "Sancionei a lei, pois, quando deixar o Governo, não quero ouvir falar que Maggi tem seguranças e eles estão irregulares. A lei tem como propósito normatizar um caso que, na prática, já existe", disse o governador.

Continuidade da gestão

Blairo Maggi informou, de outro lado, que cada Secretaria de Estado está elaborando um relatório, descrevendo as obras que foram feitas em sua gestão e as que estão em andamento, para, que dessa forma, o vice-governador Silval Barbosa (PMDB), que vai assumir o cargo no início de abril, esteja a par de tudo.

Segundo ele, durante o tempo que esteve como vice-governador, Silval sempre acompanhou a gestão de perto, conhece os problemas e não terá dificuldade em dar continuidade às políticas administrativas.

Sobre a questão dos secretários, Maggi voltou a destacar que vai exonerar todos e caberá a Silval a recontratação. No entanto, ele alertou que serão nove meses de gestão e, nesse período, não haverá necessidade de grandes mudanças. E lembrou o fato de o próprio Silval estar na disputa pelo Governo do Estado.

"Nesse nove meses, Silval precisará de tranquilidade e tempo para fazer política. Não há necessidade de se mexer em time que está ganhando. O que poderia ocorrer é ele colocar gente nova e, até se inteirar de tudo, acabou o mandato. Entao, não vejo necessidade de grandes mudanças, a não ser nos casos em que os secretários irão deixar as pastas para disputar cargo eletivo", afirmou.

Vice de Silval

Sobre os comentários de que a primeira-dama Terezinha Maggi (PR) tem seu nome cogitado para ser vice de Silval, o governador destacou que esta possibilidade não existe. Inclusive, lembrou, a legislação eleitoral não permite. Ele destacou que o vice deverá ser da Baixada Cuiabana.

Arco de alianças

Questionado sobre as articulações para a manutenção do arco de alianças que o elegeu em 2002 e o reelegeu em 2006, Maggi disse que as conversações estão sendo feitas por Silval.

Sobre a aliança com DEM, mesmo depois das várias críticas que vem recebendo do senador Jaime Campos, o governador disse que em política tudo é possível. E finalizou: "Na política, aprendi a ouvir mais do que falar".

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