Nayana Bricat/A Gazeta
O exame laboratorial feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) comprovou um caso atípico da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) “Vaca Louca” no animal de Porto Esperidião (326 km ao Oeste de Cuiabá) em Mato Grosso. Mesmo confirmando o caso atípico, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) espera a confirmação final do laboratório da Inglaterra. Em relação aos 49 bovinos abatidos no dia 25 de abril em São José dos Quatro Marcos (315 km ao Oeste da capital) o órgão descarta a doença.
Os exames mostram que Mato Grosso não tem um caso clássico de Vaca Louca e sim que a fêmea desenvolveu a doença em função da idade já avançada e o modo em que foi criada, portanto não se configura o surto da doença no Estado. O resultado final do animal que apresentou os sintomas da doença sairá na próxima semana e o abate dos 49 bovinos foi uma medida preventiva, de acordo com as normas sanitárias internacionais.
Todas as medidas adotadas pelas autoridades brasileiras são consideradas na avaliação de situação sanitária elaborada pela OIE. Dentre elas, segundo o Mapa, as ações de prevenção, vigilância e mitigação de risco adotadas por um país nos últimos 7 a 8 anos. “Com isso, um animal com idade avançada não desqualifica o sistema de prevenção implantado, que é o caso do animal que está sendo investigado no Mato Grosso (12 anos). Nesse cenário, a eventual confirmação de caso de EEB é indicativa de que o país possui um sistema de vigilância robusto, capaz de identificar e retirar situações isoladas e previsíveis da cadeia de alimentação”, diz um trecho da nota divulgada pelo Mapa.