A Gazeta
Primeiro mutirão de Violência Doméstica será realizado entre os dias 15 e 19 de setembro em Mato Grosso. Ao todo, 174 audiências de conciliação serão realizadas no fórum de Cuiabá. Os processos, que tramitam na 2ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, são da área cível e envolvem questões como guarda dos filhos, pedido de pensão alimentícia, divisão de bens, guarda compartilhada, direito de visita, entre outros temas. O objetivo da ação é mediar o problema e encontrar solução para as devidas causas.
Dados do Sistema de Inspeção e Acompanhamento de Produção, da Corregedoria Geral da Justiça, mostram que a Capital soma 7,1 mil processos cíveis e criminais que tramitam nas duas Varas Especializadas de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher. Coordenadora da Central de Conciliação, a juíza Adair Julieta da Silva afirma que a ideia de realizar o mutirão surgiu após notar-se os bons resultados de outros mutirões realizados em Mato Grosso.
“A conciliação é uma forma de fomentar a paz entre as partes do processo. É importante que essa etapa seja solucionada, mas além disso, as pessoas precisam também retomar o bem viver para que a relação seja de boa vivência. Vale ressaltar que nestes casos sempre é importante pensar no bem estar dos filhos”.
A magistrada ressaltou que todos os casos que tramitam na Vara estão relacionados à Lei Maria da Penha. “O momento da conciliação é importante, pois a vítima irá poder nos traçar qual a situação no contexto atual, se ela sente-se segura em relação a outra parte, o que vem acontecendo em sua vivência e dessa maneira podermos chegar a um ponto comum e bom para todos os envolvidos no processo. É importante pensar que a conciliação é a forma mais rápida para resolver uma ação”.
O processo de mediação acontecerá simultaneamente em cinco salas, com mediadores já preparados para atender as partes com agilidade. Os profissionais que integram a Central de Conciliação da Capital atenderão os casos das 8h às 12h. A iniciativa para realização do mutirão partiu do titular da 2ª Vara de Violência Doméstica, juiz Jeverson Luiz Quinteiro.
